A maior temperatura registrada em Goiás e uma das maiores do país foi em São Miguel do Araguaia, no norte do estado, pelo segundo dia consecutivo. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros marcaram 41,2°C na terça-feira (17). No dia anterior, a temperatura chegou aos 41°C e foi a maior registrada no país. A umidade do ar atingiu 14%.
“Podemos ter novamente, nos próximos 10 dias, temperaturas chegando a 41°C”, prevê Elizabete Alves Ferreira, gerente do Instituto Nacional de Meteorologia em Goiás (Inmet-GO).
De acordo com Elizabete, a temperatura só deve diminuir com a chegada de nebulosidade. “Há previsão de mudanças a partir do dia 30 para a região, com aumento da nebulosidade e possibilidade de chuva já no início de outubro”, explicou.
No entanto, ela ressalta que, mesmo com a chuva, as temperaturas ainda serão altas. “Com a chuva, a temperatura deve cair para 36°C. A média para a região é de 35°C. O retorno das chuvas é o que trará alívio para Goiás”, comentou Elizabete.
Embora São Miguel do Araguaia tenha registrado uma temperatura elevada, o município não foi o mais quente do país na terça-feira (17), como foi na segunda-feira (16). Mesmo assim, um termômetro de rua chegou a marcar 44°C. O ranking das cidades mais quentes foi liderado por Peixe, no Tocantins, que registrou 42,1°C; confira o ranking completo:
Peixe, TO: 42.1°C
Balsas, MA: 42.0°C
Lagoa da Confusão, TO: 41.8°C
Formoso do Araguaia, TO: 41.7°C
Peixe, TO: 41.5°C
Porto Nacional, TO: 41.5°C
Palmas, TO: 41.2°C
São Miguel do Araguaia, GO: 41.2°C
Boa Vista, RR: 41.1°C
Bom Jesus do Piauí, PI: 41.1°C
Crise hídrica
A região norte de Goiás enfrenta temperaturas extremas e longos períodos de seca. No início deste mês, uma reportagem do g1 mostrou que dois botos ficaram presos devido à baixa do nível da água em um rio no Povoado de Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia, a 40 km da cidade.
O rio é um dos principais acessos ao Rio Araguaia. O secretário municipal de Meio Ambiente, Paulo Lisboa, explicou que o incidente foi causado pelo assoreamento do lago que deságua no Araguaia, provocado pelo acúmulo de terra, lixo, pedras e outros materiais no fundo do lago.
G1 Goiás