O navio Geo Barents, da organização Médicos sem Fronteiras (MSF), com 410 migrantes a bordo, resgatados no Mediterrâneo central, foi autorizado a atracar no porto de Augusta, na Sicília, sete dias depois da sua primeira operação de salvamento.
A situação a bordo começava a ser preocupante, devido aos muitos dias e ao elevado número de migrantes resgatados. Nessa quarta-feira (16), a organização não governamental (ONG) insistiu na urgência de um porto seguro.
O Geo Barents, o único navio humanitário a realizar salvamentos atualmente no Mediterrâneo Central, fez sete operações de resgate em apenas 48 horas.
Entre os migrantes a bordo estão dez mulheres, uma delas grávida, além de 91 menores. Eles são procedentes de 21 países, incluindo Síria, Bangladesh, Etiópia, Eritreia e Sudão.
“Após sete dias de seu primeiro resgate, a Geo Barents recebeu um POS (porto seguro) para os 410 sobreviventes. Finalmente desembarcarão em segurança em Augusta, de acordo com o direito marítimo internacional. Um resgate é considerado concluído apenas quando as pessoas desembarcam em um local seguro”, relatou a ONG em suas redes sociais.
Neste momento, não existem navios humanitários no Mediterrâneo central, já que as autoridades italianas mantêm bloqueados por supostas irregularidades os navios Sea Eye 4, o Alan Kurdi, os Sea Watch 3 e 4 e o Open Armas, que está há nove semanas no porto siciliano de Pozzallo (sul).
As autoridades italianas poderão forçar a tripulação do navio do MSF a um período de quarentena de dez a 15 dias após a chegada a Augusta.
Agência Brasil