Psicóloga explica que não existe fórmula, mas aponta quais sinais devem ser observados. Acolhimento e ajuda profissional são fundamentais
Você sabia que é possível identificar comportamentos suicidas e ajudar pessoas com esses sinais? O comportamento suicida está relacionado ao ato de causar dano ao próprio corpo, com a intenção de tirar a própria vida. A psicóloga Débora Simão Lima explica que não existe uma fórmula para identificar esse tipo de comportamento, visto que cada ser humano sente as emoções de uma forma muito particular. “No entanto”, destaca a profissional, “existem alguns sinais de alerta, como a tristeza, o isolamento e a mudança brusca de comportamento”.
Débora explica que os comportamentos suicidas também podem estar associados a transtornos mentais, como depressão, transtorno bipolar e outros transtornos psicológicos. O que não significa que pessoas com esses transtornos tenham tendência ao suicídio.
“Existem alguns fatores de risco, como situação atual ou anterior de violência intra ou extrafamiliar, histórico de suicídio na família, uso de álcool e outras drogas, bullying e outros”, afirma a profissional.
Quanto mais próxima for a pessoa, mais fácil se torna perceber a mudança comportamental. “Isolamento, deixar de sair, perder o interesse de fazer atividades que costumava gostar, mudanças na qualidade do sono, evitar interações sociais, tristeza profunda, desânimo, falta de esperança, alterações de humor, mudanças nos hábitos alimentares, comer mais ou menos do que o usual, tudo isso pode ser sinal de alerta”, afirma.
Débora ressalta que esses comportamentos precisam ter uma constância e que se apresentados de forma isolada não significam que a pessoa tenha tendência suicida.
Ajuda
Para ajudar pessoas com comportamentos suicidas é fundamental ter uma postura acolhedora. “Fornecer escuta, não desqualificar a dor do outro, não duvidar sobre os relatos, comunicar a rede de apoio e buscar ajuda de um profissional, psicólogo ou psiquiatra”, destaca Débora.
A ajuda profissional é outro ponto de atenção. Ao contrário de ser um “ombro amigo”, o profissional capacitado vai auxiliar a pessoa no enfrentamento dos problemas e a lidar com as emoções, ampliando as possibilidades de resolução.
“Quem comete suicídio não quer tirar a vida, quer se livrar da dor e da angústia. O profissional capacitado vai auxiliar nesta questão”, afirma Débora Simão.