Em Goiás, o registro foi de 10,5%. Maiores taxas foram registradas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%). Taxa média de desemprego no país no 2 trimestre ficou em 12%.
O desemprego caiu em 10 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na comparação com o trimestre anterior, permanecendo estatisticamente estável nas demais, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego média no país recuou para 12% no 2º trimestre, ante 12,7% no 1º trimestre, conforme já divulgado anteriormente pelo órgão, mas ainda atinge 12,8 milhões de brasileiros.
Segundo o IBGE, as maiores taxas de desemprego foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16,0%) e a menores, em Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 12,8% e 15,1%, respectivamente.
Segundo o IBGE, as maiores variações estaticamente significativas foram no Acre (-4,4 p.p.), Amapá (-3,3 p.p) e Rondônia (-2,2 p.p).
“Essa tendência de queda na taxa de desocupação foi observada em quase todo o país”, destacou a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy. “Em termos gerais, pode ser que a desocupação caiu mais intensamente ou a ocupação aumentou com mais intensidade”.
Veja a taxa de desemprego por unidade da federação:
- Santa Catarina: 6%
- Rondônia: 6,7%
- Rio Grande do Sul:8,2%
- Mato Grosso do Sul: 8,3%
- Mato Grosso: 8,3%
- Paraná: 9,0%
- Minas Gerais: 9,6%
- Goiás: 10,5%
- Ceará: 10,9%
- Espírito Santo: 10,9%
- Pará: 11,2%
- Tocantins: 11,4%
- Paraíba: 11,9%
- Brasil: 12%
- Rio Grande do Norte: 12,5%
- Piauí: 12,8%
- São Paulo: 12,8%
- Acre: 13,6%
- Distrito Federal: 13,7%
- Amazonas: 13,9%
- Maranhão: 14,6%
- Alagoas: 14,6%
- Roraima: 14,9%
- Rio de Janeiro: 15,1%
- Sergipe: 15,3%
- Pernambuco: 16%
- Amapá: 16,9%
- Bahia: 17,3%
Subutilização em alta
O Brasil encerrou o semestre com uma taxa de subutilização da força de trabalho em 24,8%. Isso significa que falta trabalho para 28,4 milhões de brasileiros – um leve recuo frente à taxa de 25% registrada no trimestre encerrado em maio.
Segundo o IBGE, Piauí (43,3%), Maranhão (41,0%) e Bahia (40,1%) apresentam as maiores taxas de subutilização. Já as menores taxas ocorreram em Santa Catarina (10,7%), Rondônia (15,7%) e Mato Grosso (15,8%).
Os maiores contingentes de desalentados (que desistiram de procurar trabalho) estão na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil) e os menores no Amapá (13 mil) e em Rondônia (15 mil). O número de desalentados no 2º trimestre no país atingiu 4,9 milhões de pessoas, o que corresponde a 4,4% da força de trabalho.
Já as unidades da federação com os maiores percentuais de empregados sem carteira de trabalho assinada são Maranhão (49,7%), Piauí (48,0%) e Pará (47,3%). Na outra ponta, os estados com as maiores fatias de empregados com carteira de trabalho assinada são Santa Catarina (87,6%), Rio Grande do Sul (83,3%) e Paraná (81,4%).
Regionalmente, segundo o IBGE, só foi observada alteração significativa na carteira de trabalho assinada no 2º trimestre no Paraná, onde houve aumento de 3,4%, e em Roraima, onde houve queda de 12,7% – lá, foram dispensados cerca de 6 mil trabalhadores que eram contratados formalmente.
Desemprego maior entre mulheres e negros
Segundo os números do IBGE, a taxa de desocupação no país ficou em 12% no 2º trimestre, mas com diferenças significativas entre homens (10,3%) e mulheres (14,1%). As mulheres também se mantiveram como a maior parte da população fora da força de trabalho (64,6%). O nível da ocupação dos homens, no Brasil, foi estimado em 64,3% e o das mulheres, em 45,9%.
A taxa de desemprego daqueles que se declararam brancos ficou em 9,5%, abaixo da média nacional, enquanto a dos pretos e a dos pardos foi 14,5% e 14%, respectivamente.
Na análise por grau de instrução, a maior taxa de desemprego é entre aqueles com ensino médio incompleto (20,5%). Na sequência, estão os trabalhadores com nível superior incompleto (14,1%), fundamental completo (13,9%) e ensino médio completo (13,6%). Já a menor é entre trabalhadores com superior completo (6,1%) e os sem instrução (8,7%).
“Apesar das taxas [do sem instrução e do superior completo] serem próximas, a realidade por trás delas é bem diferente, principalmente em termos de rendimento e de condições de trabalho”, destacou a pesquisadora.
Fonte: Portal G1