Após 43 dias, a greve dos servidores da Educação de Goiânia foi suspensa. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), por meio de um comunicado nas redes sociais, nesta terça-feira (14). No texto, a instituição alega ter assinado um acordo no Tribunal de Justiça.
Os servidores voltam ao trabalho na quinta-feira (16). A decisão, segundo o Sintego, ocorreu após assembleia dos servidores na Câmara Municipal, depois que maioria votou a favor da suspensão diante do acordo proposto e assinado na segunda-feira (13), no TJ.
O acordo prevê o pagamento da Data-base 2023 e auxílio locomoção no valor de R$ 500, a partir de dezembro. Já o plano de carreira, que faz parte das reivindicações da categoria, deve ser discutido a partir do dia 22 de novembro.
No dia 13 de dezembro nova audiência com o desembargador Fernando Braga deve ser realizada. O objetivo é dar andamento na estruturação do plano de carreira.
Sobre a greve
Durante a greve, que durou mais de 40 dias, os servidores administrativos da rede municipal de educação em Goiânia reivindicaram melhores condições de trabalho, aumento do valor de auxílio locomoção e um plano de carreira atualizado. A paralisação, segundo o poder público, contou com a participação de 1.241 funcionários em 148 unidades de ensino.
Vale lembrar que os servidores decidiram pela greve um ano e meio após a promessa do Paço de atualizar o plano de carreira da categoria, que é de 2011, segundo o Sintego.
Segundo o documento, um agente de apoio educacional do Nível I, no início da carreira, recebe R$ 1.359,02 por 30 horas semanais trabalhadas, valor está sujeito a variação por causa do desconto da previdência.
Consequências
A greve tem afetado o funcionamento de algumas unidades de ensino da capital. Alguns Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) estão com algumas turmas funcionando somente em um turno, por conta da ausência dos servidores administrativos da Educação.
No primeiro dia de greve foi revelada a presença de servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desempenhando funções ligadas à limpeza e preparação de merendas em unidades de ensino da rede. Na ocasião, o Sintego afirmou que a ação do poder público fere o direito de greve e a Prefeitura argumentou que era necessário assegurar “garantia do direito essencial à educação”.
G1 Goiás