No domingo, presidente revelou ter feito compromisso de indicar o nome do ministro da Justiça para a ‘primeira vaga’ que for aberta no Supremo.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou na manhã desta segunda-feira (13) que não colocou qualquer condição quando aceitou o convite para integrar a equipe ministerial do presidente Jair Bolsonaro.
A afirmação foi feita um dia depois de Bolsonaro dizer que firmou compromisso com Moro para indicá-lo para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e que vai honrar o que foi acertado.
Moro não citou nominalmente o Supremo ao fazer o comentário.
“Esse foi o principal motivo pelo qual, salvo engano dia 1º de novembro, eu aceitei o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública do governo dele. Fui até a casa dele, nós conversamos, eu não estabeleci nenhuma condição. Não vou receber um convite para ser ministro e estabelecer uma condição para o futuro que não se pode controlar”, afirmou o ministro, durante palestra em Curitiba na manhã desta segunda.
Questionado após o evento se a vaga tinha sido negociada com Bolsonaro e se gostaria de assumi-la, Moro afirmou que ela não existe “no momento”.
“Quando surgir a vaga lá na frente o presidente vai avaliar se ele vai realizar o convite para mim. Se ele formular o convite aí eu vou avaliar se eu vou aceitar. Claro que eu fico honrado com a afirmação do presidente, mas é algo que tem que ser discutido no futuro. Não existe uma vaga no momento”, disse.
Convite de Bolsonaro
Na entrevista que deu neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que se comprometeu a indicar Moro para ocupar uma vaga no STF “porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura”. “A primeira vaga que tiver, eu tenho esse compromisso com o Moro e, se Deus quiser, cumpriremos esse compromisso”, disse Bolsonaro.
O STF tem 11 ministros e a próxima vaga deve ser aberta em novembro do ano que vem, quando se aposentará, aos 75 anos, o ministro Celso de Mello. A indicação do substituto é de competência do presidente da República, mas o nome deve passar por sabatina no Senado.
“Obviamente ele teria que passar por uma sabatina no Senado. Eu sei que não lhe falta competência para se aprovado lá. Mas uma sabatina técnico-política, tá certo? Então, eu vou honrar esse compromisso com ele, caso ele queira ir para lá. Ele seria um grande aliado não do governo, mas dos interesses do nosso Brasil dentro do STF”, declarou o presidente.
Ainda no ano passado, logo após a vitória nas urnas, Bolsonaro afirmou em entrevista ao Jornal Nacional que pensava em convidar Sérgio Moro para assumir vaga no STF.
Fonte: Portal G1