O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve ler nesta terça (13/04) o requerimento para instalação da CPI da Covid. O ato de instalação acontecerá diante de uma estratégia da base do governo de Jair Bolsonaro para minar a CPI.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, obstruções regimentais, assinaturas em uma CPI alternativa e pressão para que não sejam indicados membros por parte dos partidos são algumas das estratégias usadas por líderes do governo e bancadas aliadas.
Também segundo o jornal, uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) tenta construir maioria para o plenário decidir que a comissão só precisa ser instalada (ou seja, que funcione de fato após ser criada) com o fim da pandemia. A ideia, porém, enfrenta resistência dentro da corte e ainda não há consenso sobre o tema.
A CPI entrou no centro de debate político depois que um áudio divulgado neste domingo, entre o senador Jorge Kajuru (Cidadania) e o presidente Jair Bolsonaro, sobre a instalação da comissão parlamentar de inquérito, repercutiu no Senado.
Na gravação, o presidente pede que o escopo da CPI seja ampliado para apurar as condutas de prefeitos e governadores. Bolsonaro também aconselhou o senador a “peticionar” o Supremo “para botar em pauta o impeachment também”, dando a entender que seria contra os próprios ministros.
Em outro trecho, Jair Bolsonaro xinga o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e ameaça agredi-lo. “Mas se você não participa (da CPI), daí a canalhada lá do Randolfe Rodrigues vai participar. E vai começar a encher o saco. Daí, vou ter que sair na porrada com um bosta desse”, disse a Kajuru.
Com informações da Agência Senado e da Folha de S. Paulo