Movimentação nacional será pautada por protestos contra previdência e reforma trabalhista bem como cortes na Educação. Manobra sindical permite participação de docentes da UFG.
Dificilmente os docentes da Universidade Federal de Goiás participariam da Greve Geral de trabalhadores programada para a próxima sexta-feira (14). Isso porque como previu a própria classe, menos de 30% dos sindicalizados, segundo estatuto do Adufg-Sindicato – quórum mínimo para adesão em greves – compareceu ao plebiscito realizado na sede do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) na tarde de terça-feira (11) para tratar do assunto. Uma manobra antecipada, entretanto, permitirá a participação.
Prevendo que a quantidade mínima de sindicalizados apareceria para votar a questão, a categoria antecipou a aprovação de uma paralisação para a mesma data em uma assembleia realizada no último 29/5. A reitoria da instituição já foi comunicada. O esforço se deu para engrossar o movimento nacional de trabalhadores contra o aumento do desemprego, diminuição de salários, retirada de direitos trabalhistas, cortes da educação pública e reforma da previdência, entre outros.
De acordo com o presidente da entidade, Flávio Alves da Silva, o governo de Jair Bolsonaro ignora direitos previstos na Constituição e promove o desmonte do Estado social de Políticas públicas. “Nossa participação coletiva é decisiva neste momento que o País tem um ministro da Educação que defende cortes. Além disso, a Reforma da Previdência e seu sistema de capitalização vai onerar os mais pobres. Vamos às ruas para mostrar que não vamos aceitar essas decisões”, afirmou o presidente do Adufg-Sindicato, Flávio Alves da Silva.
Esfera privada
No âmbito estadual, a adesão também está assegurada. O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) emitiu comunicado no qual confirma deliberação no último dia 7. De acordo com a entidade, com isso, trabalhadores da rede privada de ensino também poderão participar do movimento.
No que diz respeito ao Sinpro, a classe presente irá se manifestar, principalmente, contra a reforma previdenciária. Conforme expõe nota divulgada no site da instituição, a categoria teme que nos novos moldes propostos a aposentadoria nunca ocorra.
“Se atualmente a categoria se aposenta com salário integral com 25 anos de contribuição para as mulheres e 30 para homens, sem limite de idade, a proposta do governo exige idade mínima de 60 anos para a professora ou professor se aposentar, com 30 anos de contribuição e trabalhando exclusiva e interruptamente no magistério”, reforça o documento.
Greve Geral
Entres as categorias que já anunciaram participação em Goiás no campo da Educação estão ainda técnicos administrativos e docentes da UFG e institutos federais, professores e técnicos da rede pública estadual e municipal. Para além disso, bancários, metalúrgicos, trabalhadores da Saneago e extinta Celg também já confirmaram presença.
Ao todo, movimentações correlatas ocorrerão em pelo menos 30 cidades goianas. Entre elas estão Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Jataí, Catalão, Seres, Uruaçu, Formosa, Luziânia e Senador. As informações são do Fórum Goiano Contra as Reformas Trabalhista e da Previdência, coletivo de centrais sindicais responsável pelo movimento aqui no estado.
Fonte: Mais Goiás