O comando da CPI da Covid no Senado já detectou uma tentativa da defesa do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de evitar comparecer ao depoimento do dia 19 como testemunha. A informação é do blog da Ana Flor, do G1.
Na condição de testemunha, um depoente é obrigado a dizer a verdade e não pode ficar calado diante das perguntas. Se for à CPI como investigado, Pazuello poderá se calar.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou ao blog que chegou à comissão a informação de que Pazuello pode tentar obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para não depor como testemunha. Pazuello alegaria que é investigado em um processo, que agora tramita na 1ª instância da Justiça, por omissões no comando da pasta da Saúde na pandemia.
Pazuello deveria ter comparecido para depor na CPI na semana passada, mas sua convocação foi adiada depois que ele disse que teve contato com um ex-assessor contaminado com o coronavírus. Ele pedia um depoimento virtual.
Segundo Randolfe, a avaliação é de que o pedido de Pazuello ao STF tem pouca chance de prosperar, porque o ministro do STF Ricardo Lewandowski tem sido duro ao julgar os temas da pandemia. Lewandowski tem sido responsável por temas relativos à CPI depois de ter sido sorteado para avaliar o pedido de senadores governistas de retirar Renan Calheiros (MDB-AL) da relatoria.
G1