Ex-governador de Goiás foi acionado pelo promotor de justiça Fernando Krebs por descumprir um acordo firmado com o MP-GO. O magistrado requereu também indenização por dano moral difuso e coletivo em, pelo menos, R$ 10 milhões.
O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi acionado pelo promotor de justiça Fernando Krebs por descumprir um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) em 2012. Na ocasião, Perillo havia se comprometido a executar obras de construção, reforma, adequação e implantação de unidades de internação provisória voltadas ao atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.
Ao todo, 10 municípios receberiam algum investimento por parte do governo do Estado. São eles: Goiânia, Anápolis, Caldas Novas, Rio Verde, Porangatu, São Luís dos Montes Belos, Itaberaí, Itumbiara, Luziânia e Formosa. O acordo previa ainda provimento de todos os cargos vagos nos estabelecimentos, capacitação nos servidores, além da destinação de veículos em quantidade suficiente para suprir a demanda do setor.
Segundo informações do Ministério Público de Goiás, apenas quatro dentre as obras acordadas foram realizadas. Outras nove não foram concluídas.
Na medida protocolada contra o ex-governador, Krebs argumentou que em 2016 e 2017 o tucano reduziu os gastos do Estado com o Programa de Gestão Socioeducativo, ao passo em que aumentou seus gastos com publicidade e propaganda. O promotor ressaltou ainda que, neste mesmo período, o governo aumentou a concessão de benefícios fiscais o que, na visão de Krebs, representa uma inversão de prioridades.
O MP-GO divulgou que o promotor de Justiça solicitou o bloqueio de bens — mais de R$ 2 milhões — do tucano, além de indenização por dano moral difuso e coletivo em, pelo menos, R$ 10 milhões e sua condenação nas penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa.
A defesa do ex-governador Marconi Perillo foi procurada pela reportagem, porém, sem sucesso. O espaço continua aberto para qualquer esclarecimento sobre o assunto.
Fonte: Jornal Opção