Três brasileiros continuam desaparecidos após os ataques do grupo Hamas contra Israel, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

O Itamaraty disse que os três possuem dupla nacionalidade. Os nomes não foram divulgados oficialmente pelo governo brasileiro, mas a identidade de dois deles foi passada pela Embaixada de Israel no Brasil. O terceiro nome ainda não foi divulgado.

O gaúcho Ranier Glazer e a carioca Bruna Valeanu participavam de uma festa rave no sul de Israel, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, que foi atacada no sábado (7). Ao menos 260 corpos foram encontrados no local, informou o jornal “The Times of Israel”.

Abaixo, veja quem são os brasileiros desaparecidos em Israel:

Ranani Glazer
Um dos desaparecidos é Ranani Nidejelski Glazer, que mora há sete anos em Israel e tem cidadania israelense. Nascido em Porto Alegre, ele tem 24 anos. O pai dele mora em Israel, e a mãe, em Porto Alegre. Ele estudou no Colégio Israelita, que fica na cidade gaúcha.

Ranani prestou serviço militar em Israel e vive em Tel Aviv com amigos, onde trabalha como entregador.

Ele participava de um festival de música na parte sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza. De acordo com familiares, Glazer estava na festa com a namorada, Rafaela Treistman, e um amigo.

Nas redes sociais, ele chegou a postar um vídeo em que mostra a fumaça e é possível ouvir o som dos foguetes. No vídeo, ele relata a apreensão que vivia (veja abaixo).

“Cara, eu juro que essa situação não tem como inventar. No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho”, disse.

Outra identidade confirmada pela Embaixada de Israel no Brasil é a de Bruna Valeanu. A família dela sofre com a falta de notícias da jovem carioca desde sábado.

“Sendo muito sincera, a minha melhor esperança é que ela tenha sido sequestrada. Porque, senão, eu acho que é isso, ela não sobreviveu”, disse Nathalia, irmã da jovem desaparecida.

“Ela [Bruna] foi para esta festa, estava com um grupo grande de amigos, muitos brasileiros e israelenses. Ela acabou se separando, na hora do ataque, das outras amigas dela, que já se salvaram. Ela ficou em um grupo onde estava o Liam, um amigo do trabalho, que é israelense”, contou Nathalia.

“A última coisa que conseguimos foi a localização dela por mensagem. Era uma localização perigosa, onde os terroristas entraram armados em caminhonetes, tanques, motos”, disse a irmã da carioca.

O DJ Juarez Petrillo, organizador da rave e pai dos DJs Alok e Bhaskar, filmou o momento em que o festival Universo Paralello foi interrompido após a chegada de homens do grupo extremista armado (veja abaixo).

G1