Manifestação teve início na Praça Cívica e seguiu até a Assembleia Legislativa de Goiás, onde a sessão que ocorria logo foi encerrada.
Cerca de cem estudantes se reuniram, ontem (8) na Praça Cívica, no centro de Goiânia, para protestar contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, que passou de R$ 4 para R$ 4,30, no dia 18 de abril. Restrições sobre o uso do Passe Livre Escolar (PLE) também foi pauta da movimentação.
Em meio a palavras de ordem como “o povo na rua, Caiado a culpa é sua”,” Não pago, não pagaria, transporte público não é mercadoria”, os manifestantes seguiram até a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Eles foram recebidos no plenário. Entretanto, após breves diálogos com deputados, um intervalo foi solicitado. Após o hiato, a sessão foi retomada pelo presidente da casa, Lissauer Vieira (PSB), que tomou a palavra apenas para suspender a sessão, remarcando-a para quinta-feira (9).
“Depois que aconteceu a sessão, fomos recebidos pelo presidente da Alego, que garantiu que podem travar o projeto no plenário”, diz Daniela Cruz, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE) aos manifestantes. “Mediante isso, Lissauer pediu que os movimentos estudantis apresentassem o projeto do que seria o passe livre estudantil que nós queremos”, completa.
O benefício
O PLE é financiado pelo Governo de Goiás e favorece atualmente 85.075 alunos do nível fundamental ao superior em Goiânia e região Metropolitana. Com a proposta levada pelo governo estadual à Alego, 62.418 estudantes podem ficar sem o benefício. A justificativa da gestão Caiadista é que R$ 40 milhões possa ser economizado anualmente.
“Somos contra esse projeto, pois ele tira dos estudantes o acesso à instituições de ensino”, destaca Stefany Kovalski, diretora de comunicação da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) no estado. “Temos que lutar pela classe dos estudantes e nos unir, pois se não fizermos isso, ninguém vai fazer”, completa Antônio Rodrigues, participante do ato.
Fonte: Mais Goiás