Após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na tarde desta terça-feira (08/12), o governador Ronaldo Caiado afirmou que a vacinação contra a Covid-19 no país vai ocorrer dentro do Plano Nacional de Imunização. “Ficou claro que quem vai comandar será o Ministério da Saúde. Não terá nenhum outro Estado que vai imunizar a sua população sem que seja dentro de uma distribuição igualitária”, afirmou.

O governador ressaltou que cada gestor estadual está preocupado e quer que a vacina chegue o mais rápido possível para toda população que deseja ser imunizada. “Nós receberemos de acordo com as necessidades do grupo de risco, da área da Saúde e Segurança Pública. Esta é a palavra final do governo federal”, garantiu Caiado.

O encontro desta terça-feira ocorreu após o governo de São Paulo divulgar, na segunda-feira (07/12), um plano próprio de imunização. “Essa tese de que o governador paulista poderia iniciar um processo de vacinação no dia 25 de janeiro não procede. As doses, sejam elas de que fonte for, serão adquiridas pelo Ministério da Saúde e distribuídas de acordo com os grupos de risco em todas as unidades Federativas. Este é o resultado final”, asseverou o governador.

Em entrevista coletiva após a reunião, Caiado disse que Eduardo Pazuello deixou claro que vai adquirir todas as vacinas que tenham certificação de agências internacionais. “Temos a fala final do ministro de que realmente vai adquirir todo e qualquer imunizante e o controle será pelo órgão federal e não por governador A ou B”, pontuou.

Ainda conforme Caiado, o Ministério da Saúde já assumiu compromisso e fez uma oferta inicial de compra das doses produzidas pela Pfizer e pela Biontech. “Se amanhã tiver a Sinovac, ela será 100% adquirida. Tem a AstraZeneca, da Fiocruz, que será 100% comprada pelo Ministério da Saúde. Há outras empresas ou laboratórios produzindo? Elas serão também adquiridas pelo governo federal”, citou.

Autorização
Caiado também afirmou aos jornalistas que o Ministério da Saúde está tomando todas as medidas para autorizar o uso das vacinas. “Todas aquelas que tiverem certificação das agências internacionais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá 72 horas para avaliar, conforme a lei, e ela vai ser aplicada como de uso emergencial. Não é na política extensiva a todos, mas àqueles que estão em uma situação de risco maior. Se não se manifestar, já estará autorizado”, explicou, citando o que diz a lei 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre medidas para enfrentamento da emergência em saúde pública em razão do coronavírus.

Agora, fora do uso emergencial, disse Caiado, a Anvisa terá um prazo maior. Até 60 dias para autorizar, dentro do Plano Nacional de Imunização.