Utilizando o conceito de ‘agrotech’, são concebidas ideias das mais variadas, como uma forma de descobrir a ‘vocação’ da fazenda, criar adubo a partir de rochas e usar drones para monitorar propriedades.
Feira voltada para inovações tecnológicas, a Campus Party está com mais de 50 projetos com aplicação na agricultura. Utilizando o conceito de “agrotech”, são concebidas ideias das mais variadas, desde uma forma de descobrir para qual tipo de produção a fazenda tem “vocação”, passando por adubo feito de rocha até o controle da lavoura por meio de drones.
O evento, que encerrou no último domingo (8) em Goiânia, reuniu o que há de mais atual em se tratando de tecnologia e empreendedorismo. A estimativa é que cerca de 40 mil pessoas passaram pelo local.
Gente que atua em várias frentes, entre elas, o agronegócio. Gente como o universitário Lucas Torres de Lima, que aumentaram a produção de mel de uma cooperativa com uma máquina, construída junto com outros colegas e que produz lâminas de cera, onde as abelhas depositam o mel.
“Para fazer um quilo de mel vai gastar 30 dias. Colocando essa cera alveolada ela vai gastar 10, 15 dias”, explica.
Outro equipamento de realidade virtual ensina como fazer a manutenção de máquinas agrícolas. Um terceiro constatou que é possível fazer adubo barato e eficiente usando restos de rochas de pedreiras.
Drone e ‘vocação’
Há ainda um projeto que utiliza drones para detectar possíveis problemas nas lavouras e matas nativas. Com o equipamento, é possível, por exemplo, chegar perto de focos de queimadas que estão longe dos olhos do agricultor.
“O drone tem uma grande vantagem pelo fato de não ser tripulado. Além de tudo por ser menor ele consegue chegar em altitudes menores, mais baixas, que outras aeronaves, sem interferir ali na região”, pondera o curador de drones da feira, Carlos Cândido.
Além de ver por cima, criadores de uma startup desenvolveram um projeto que é capas de descobrir a “vocação” da fazenda para determinado tipo de atuação, como lavoura ou criação de gado.
“A gente usou a inteligência artificial para poder identificar a vocação e nessa fazenda deu aptidão para grãos irrigados. Fizemos o projeto, captamos o recurso e hoje a fazenda aumentou em 120% a lucratividade dela um ano após a execução do projeto”, explica o co-fundador da empresa, Alex Narciso.
Fonte: G1 Goiás