Paulo Magalhães articula reunião com o prefeito para apresentar outras alternativas para terminal Isidória.
As atividades do Terminal Isidória deverão ser remanejadas para que as obras do Bus Rapid Transit (BRT) possam avançar. A ideia é que o terminal provisório seja construído no canteiro central da Alameda João Elias da Silva Caldas, localizada a cerca de 1 km do atual Terminal Isidória.
A medida, segundo o vereador Paulo Margalhães (PSD), tem desagradado e gerado revolta em moradores e comerciantes locais. Não pela mudança em si, mas pelo impacto ambiental que será causado no ponto em que o terminal tende a ser instalado provisoriamente. Segundo o parlamentar, caso a ideia seja concretizada, “mais de 70 árvores serão derrubadas”.
Em entrevista, Magalhães, que é representante aguerrido dos moradores do Setor Pedro Ludovico, afirmou que existem outros dois pontos onde o terminal poderia ser implantado “sem a necessidade de se derrubar uma única árvore”. “Durante décadas, essa avenida ficou abandonada e a cerca de 11 anos conseguimos, com recurso próprio, revitalizar e construir os canteiros centrais. É um absurdo destruir esse espaço e, principalmente, sem comunicar a população local”, lamentou.
Segundo o parlamentar, o Isidória poderia funcionar provisoriamente tanto na avenida 4ª Radial, ao lado do Supermercado Barão, quando na Alameda Antônio Martins Borges, ao lado do colégio Dom Abel. “Compreendo a importância do BRT para mobilidade urbana, mas não posso concordar em destruir uma praça, sendo que existem outros locais no setor para abrigar o terminal provisório”, destacou.
“Qualquer um desses dois lugares poderiam atender a demanda. A população está revoltada pois eles irão pegar um lugar que está todo arrumado, passar o maquinário e destruir tudo o que construímos ao longo dos últimos anos. Isso é uma falta de respeito com a população e com o nosso trabalho”, desabafou.
O vereador destacou ainda que está articulando uma reunião com o prefeito Iris Rezende (MDB) para a tarde desta segunda-feira, 8, onde irá apresentar outras alternativas para que a mudança seja “menos danosa”. Ele atesta que não houve diálogo sobre os impactos de trânsito e ambiental que a região irá sofrer e que buscará soluções junto ao chefe do Executivo.
Segundo o parlamentar, a reunião ainda não foi confirmada. “O prefeito está cumprindo uma agenda externa. Estou aguardando a confirmação deste encontro, mas continuo insistindo para que ele nos receba”, explicou. Magalhães disse também que as mesmas soluções serão apresentadas durante uma reunião com moradores, comerciantes e representantes da CMTC, prefeitura de Goiânia, Seinfra e empresas ligadas ao consório do BRT que ocorrerá às 19h desta segunda-feira.
Caso, ainda assim, não haja entendimento, Magalhães irá “exigir um acordo por escrito para que o consórcio do BRT, após terminar a construção do novo terminal, reconstrua e faça benfeitorias nas quatro ilhas da Avenida João Elias”.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Goiânia mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações do Paço.
Fonte: Jornal Opção