Corporação apura desvio de ao menos R$ 50 milhões por meio da contratação de empresa do ramo da tecnologia da informação pelo extinto Ministério do Trabalho. Duas pessoas foram presas e mais de 40 mandados de busca e apreensão, cumpridos.
A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (6), a Operação Gaveteiro, para apurar o desvio de valores do extinto Ministério do Trabalho, por meio da contratação de uma empresa do ramo da tecnologia da informação, em Brasília e em mais cinco Estados. Pelo menos R$ 50 milhões teriam sido desviados. O ex-deputado federal, Jovair Arantes é alvo da investigação.
A Polícia Federal informou que foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão, em endereços situados no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Além disso, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentarem do País.
Além do ex-deputado e ex-presidente do PTB goiano Jovair Arantes, também são alvos de buscas, o ex-assessor da Casa Civil Paulo Tatin e o ex-deputado, ex-ministro do Trabalho do governo do ex-presidente Michel Temer e atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Ronaldo Nogueira.
As investigações, iniciadas em razão de relatório da Controladoria Geral da União – CGU apontam que a contratação da empresa foi apenas o subterfúgio utilizado pela Organização Criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões do órgão.
O objeto da contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Resposta
A reportagem entrou em contato com o ex-deputado Jovair Arantes, mas não obteve retorno. O espaço está aberto.
Fonte: Mais Goiás