Goiânia segue com um aumento significativo no índice de confiança do comércio, o que pode trazer boas perspectivas para as compras de fim de ano, em 2021. Além disso, a contratação de funcionários neste período será a maior em sete anos, com cerca de 3500 vagas de trabalho disponíveis. As informações são baseadas em três pesquisas, que são produzidas pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), referentes ao mês de setembro.
Segundo o especialista em investimentos e consultor de assuntos financeiros da Fecomércio Goiás, Bruno Ribeiro, a estimativa é excelente, comprovando que a economia local está crescendo e buscando sair da crise causada pela pandemia da Covid-19. “Com base em nossas análises nos últimos meses, fomos destaques na diminuição do endividamento das famílias e agora subimos a confiança do empresário local, então temos toda uma perspectiva positiva de que essa retomada tenha ainda mais vigor até o fim deste ano”.
Para Bruno Ribeiro, é perceptível que pessoas menos endividadas compram mais, fornecendo um capital de giro que é muito importante para fomentar o comércio local, mas não deixa de ser surpreendente. “Podemos falar que estes eventos têm um efeito cascata, mas não esperávamos que fosse de uma maneira tão elevada e, claramente, a Fecomércio-GO teve uma participação decisiva nestes dados, graças às ações promovidas pela entidade desde o início da pandemia”, reforça.
Outro fator decisivo foi o alto índice de confiança do empresário, que vem em uma crescente desde junho de 2021. “Esta alta, faz com que o empresário contrate mais, gere mais emprego, tenha um nível de expansão das atividades, isso tudo favorece o cenário econômico, que se torna positivo, tanto no contexto local quanto nacional”, explica o consultor.
Bruno Ribeiro destaca que, apesar do contexto otimista, ainda podemos encarar alguns fatores de risco, como o aumento do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), que dificultaria o poder de compra. “É importante pontuar que temos um cenário econômico incerto, nacional e internacional, além do IOF, a alta do dólar, por exemplo, mas ainda assim, podemos tirar boas perspectivas para o fim de 2021”.