E O Procon Goiás fez um levantamento da variação do preço do arroz entre 28 e 29 de maio, em Goiânia, e publicou nesta semana, após especulações que o preço do cereal subiria devido à tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul. Na capital, os fiscais encontraram variação de até 27%.
Na ocasião, o órgão visitou dez estabelecimentos da capital goiana. O pacote de 5 kg da marca Dona Cota pode ser encontrado de R$ 27,48 a R$ 34,90, 27%. Já o cereal da Gol oscilou entre R$ 29,19 e R$ 33,98 (16%), enquanto da Cristal, de R$ 31,95 a R$ 36,99, diferença de 15,77%.
É preciso dizer, o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do País. Ainda assim, o titular da secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Pedro Leonardo, acredita que Goiás não terá o abastecimento de arroz afetado pela tragédia.
No começo de maio, ele citou que a Seapa tem seguido as previsões da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), que revelou não haver risco de desabastecimento até o momento, conforme Pedro. “Esse menor risco em Goiás se dá porque a nossa produção de arroz tem sido alta nos últimos anos, com o governo trabalhando ativamente no apoio e no incentivo dessas culturas, o que fortalece a segurança alimentar no estado”, explicou, naquele momento.
Hoje, o Rio Grande do Sul concentra cerca de 70% de toda a produção do País. Porém, Goiás tem conseguido destaque no segmento, avalia o titular da Seapa. “A última safra foi uma das maiores e, graças às tecnologias empregadas, o estado caminha para ser autossuficiente do produto em até cinco anos.”
Pedro lembra que o município de Flores de Goiás produziu, na última safra, mais de 60 mil toneladas do cereal. A cidade ocupou o primeiro lugar no ranking estadual, seguido de São Miguel do Araguaia e São João d’Aliança.
Mais Goiás