As escolas municipais de Goiânia começaram a utilizar, nesta terça-feira (2), detectores de metais para revistar as mochilas dos alunos, a fim de evitar ataques às instituições de ensino. Segundo o secretário de educação da Secretaria Municipal de Ensino (SMS), Wellington Bessa, foram distribuídos 900 aparelhos às 376 escolas administradas pela prefeitura, que juntas, possuem quase 110 mil alunos.
O valor do investimento, segundo Wellington, chegou a R$ 370 mil. O recurso foi encaminhado às unidades de ensino na última quarta-feira (26), sendo que, com a nova medida em prática, os alunos do 5º ao 9º podem voltar a usar mochilas nas unidades de ensino.
Algumas unidades também passaram a contar com câmeras de monitoramento, portas automáticas e concertinas. O valor utilizado para essas melhorias, porém, foi encaminhado em janeiro, conforme o secretário.
“O investimento alcançou todas as instituições com a aquisição dos aparelhos, inclusive, CMEIs. Todas as instituições, a partir de hoje, começaram a usar os aparelhos no ambiente. O critério é a universalização para o caso de ingresso de pessoas estranhas na nossa comunidade escolar”, disse em entrevista à TV Anhanguera.
Entre as unidades de ensino que começaram a contar com a nova medida de segurança, conforme o secretário, está a Escola Municipal Bom Jesus, localizada no Jardim Novo Mundo. Funcionários do local, com o auxílio dos detectores, revistaram todos os alunos da unidade, fazendo que houvesse atraso nas aulas.
A escola, além dos detectores de metal, foi uma das unidades que também instalaram outras medidas de segurança, sendo 16 câmeras de monitoramento, concertinas e portas de acionamento automático.
“Essa medida deve ser somada a outras que estamos adotando, especialmente incentivando a comunicação não violenta e o diálogo por parte dos pais, que devem estar atentos à rotina dos filhos, porque eles também podem ser responsabilizados pelos atos dos filhos”, explicou.
Humanização
Wellington diz que a prefeitura tem desenvolvido um trabalho pedagógico para que as crianças não se sintam intimidadas com o reforço da segurança.
“Essa conversa já está sendo realizada dentro das nossas instituições. É essencial que todos estejam empenhados, porque não adianta tomarmos todas as medidas necessárias para resguardar a segurança das crianças dentro da escola, se fora da escola a criança não tem essa segurança”, afirmou.
G1 Goiás