Medida prevê ativação de 10 leitos de UTI no Materno-Infantil, Hugol e Hospital Municipal de Aparecida. Ação também pretende criar leitos de enfermarias pediátricas e neonatais nos locais.
Quatro dias após a morte de uma criança de cinco anos na sala de espera do Hospital Materno Infantil (HMI) que esperava por vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a Secretaria da Saúde de Goiás (SES) anunciou a ampliação de leitos de UTI e enfermaria pediátrica e neonatal. Ação tem o objetivo de reduzir superlotação de pacientes do local vindos de vários municípios de todo o estado.
A medida prevê ativação de mais de 10 leitos de UTI no HMI, em 60 dias; e a construção, em longo prazo, de um novo hospital de mesmo perfil, com o dobro de capacidade de atendimento do atual Materno-Infantil. Além disso, até 39 enfermarias pediátricas e outras dez UTI’s devem ser ativadas nos próximos quinze dias no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). Também há previsão de contratualização de mais 10 Unidades de Terapia, assim como 30 leitos de enfermaria para o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMPA).
De acordo com a secretaria, as ações e atividades para a implantação dos leitos, incluindo a estrutura de profissionais, estão sendo avaliadas. Ao Mais Goiás, a Pasta informou que as unidades devem ganhar mais médicos, mas não soube precisar quantos servidores irão ficar nos locais. Contratos devem ser feitos pela gestão responsável pelo hospital em questão.
A porta de entrada para emergência pediátrica continuará sendo o HMI e o Cais Campinas. O Hugol receberá somente os pacientes encaminhados pela Central de Regulação, ou, como já é realizado atualmente, nos casos de trauma. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, o Materno-Infantil não possui estrutura adequada para a assistência à população goiana e a capacidade da unidade está além do seu limite operacional há muito tempo.
Em dezembro de 2018, o hospital fechou as portas pela primeira vez por falta de repasse do Governo à Organização Social (OS), o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), pela qual é gerido. Em janeiro de 2019, houve nova possibilidade de fechamento em razão de medicamentos e materiais como luvas e agulhas estarem com estoques baixos, razão pela qual, à época, o Materno não tinha condições de receber pacientes além daqueles já internados. A unidade já havia bloqueado novas internações em obstetrícia e neonatologia em 2017, em razão da superlotação do local.
Fonte: Mais Goiás