O Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias (Secovi), em parceria com a Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), promoveu, nesta sexta-feira (2), no auditório do Secovi Goiás, o primeiro Fórum Goiás de Debate Virada de Página na Política e Economia – Nova Visão de Gestão de Estado. O objetivo foi fomentar o debate e buscar soluções duradouras para a economia e política do país, além de uma troca positiva de ideias.
O debate contou com a presença dos economistas Samuel Pessoa e José Márcio Camargo, o cientista político Marcus André Mello e o empresário José Garrote, e foi mediado pela jornalista Eliane Cantanhêde. Também estavam presentes o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, o presidente do Secovi, Ioav Blanche, o presidente da Adial, Otávio Lage de Siqueira, entre outros grandes nomes da economia e do ramo empresarial.
Segundo Blanche, o fórum explorou as diversas ideias daquilo que os empresários esperam para os próximos anos em termos econômicos. “Após três anos de recessão, querendo e precisando que o país volte a crescer de forma sustentável, é essencial que o pleito na próxima eleição dê continuidade as reformas e que dê sustentabilidade a esse crescimento”, considerou.
O governador Marconi Perillo também comentou a relevância do evento. “Foi um fórum extremamente importante, em que debatemos a atual conjunta econômica, fiscal, previdenciária e política do Brasil. Vieram economistas renomados, que compreendem a questão econômica e a conjuntura nacional”, resumiu. Para Otavio Lage, presidente da Adial, o crescimento do Estado e o aumento da produtividade passam por debates, propostas econômicas e adoção de políticas que tenham resultado no curto, médio e longo prazo.
O fórum que foi divido em duas etapas e teve início com o debate sobre economia. Na oportunidade, o economista Samuel Pessoa abordou dados de como está a economia atual do país e explicou a importância de todas as pessoas discutirem com profundidade e repensar sobre o que aconteceu nos últimos dez anos no Brasil.
Para Samuel, um dos problemas que o Brasil enfrenta é a baixa produtividade. A solução, na opinião do economista, seria a reforma tributária, juntamente com a unificação e simplificação dos impostos para as indústrias. Pessoa ainda chamou a atenção para o que ele diz ser a segunda reforma mais importante, a abertura da economia com situação fiscal em ordem e câmbio flutuante. “É preciso deixar de ser caipira. Deixar de ter medo do mundo e abrir a economia”, alfinetou.
De acordo com o economista José Márcio Camargo, é fundamental para que o país tenha produtividade a redução das taxas de juros e a abertura unilateral da economia. José Camargo garante que debates como esse desenvolvem novas ideias, além de mostrarem o que está acontecendo no país. E alerta para a situação política, econômica e as necessidades do Brasil.
A segunda parte do debate retratou a situação política e os efeitos dela no meio empresarial. O cientista político Marcus Mello vê uma divisão entre os interesses da sociedade que quer renovação versus as variáveis que favorecem quem já está no poder. Para Marcus, haverá uma renovação, porém a estrutura partidária continuará a mesma.
Outro palestrante, o empresário José Garrote alertou para a falta de infraestrutura para os importadores e produtores. “Nós temos hoje uma carência de rodovias, ferrovias, hidrovias, a parte elétrica”, reclamou. Eliane Cantanhêde, por sua vez, considerou que o cenário atual é positivo para investimentos. As famílias voltaram a gastar a confiar e isso significa que os empresários vão ter que produzir mais, os serviços vão ter que vender mais. Então, começa agora um ciclo virtuoso”, declarou.