O bloqueio orçamentário deve afetar o pagamento de pesquisas, obras e até despesas básicas, como conta de energia, segundo o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato). A medida deve causar um impacto de R$ 9,7 milhões.

O g1 entrou em contato nesta quarta-feira (30) com os ministérios da Educação e da Economia, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Os bloqueios orçamentários, se confirmados, podem, futuramente:

ser revertidos (com a liberação da verba retida)
ou virar cortes (com a retirada definitiva dos recursos).

O maior bloqueio deve ser da Universidade Federal de Jataí, com mais de R$ 4 milhões. Na Universidade Federal de Catalão, o impacto será de R$ 3,2 milhões. O montante seria destinado principalmente para o pagamento de obras em andamento e serviços terceirizados.

Por fim, a Universidade Federal de Goiás terá um bloqueio de R$ 2,4 milhões. O dinheiro seria usado para “custeio de serviços diversos (luz, segurança, limpeza, manutenção patrimonial, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, entre outros)”.

A instituição ressaltou ainda que, “se somados aos R$ 7,8 milhões que foram cortados do orçamento da UFG em junho deste ano, o montante chega a R$ 10,2 milhões a menos para a manutenção da Universidade”.

O g1 tenta contato com o Instituto Federal de Goiás e com o Instituto Federal Goiano para saber os valores bloqueados nas unidades, mas não teve retorno até a última publicação dessa reportagem.

Um dia após o anúncio do bloqueio de verbas, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nota na qual diz que busca “soluções”, mas não detalha o impacto da medida.

Bloqueio durante jogo do Brasil


O bloqueio de verbas para as instituições de ensino foi divulgado por entidades ligadas à educação superior na tarde de segunda-feira (28). Representantes dos reitores, dos estudantes e dos pós-graduandos apontaram que um comunicado obtido junto ao Tesouro Nacional mostra a efetivação de um bloqueio que pode chegar a R$ 1,68 bilhão no Ministério da Educação.

Segundo o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), o prazo final para que as universidades empenhem verbas é 9 de dezembro. Em outras palavras: só até essa data que as instituições podem “reservar” o dinheiro que será pago quando um produto ou serviço for entregue.

G1 Goiás