O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) assinou, na noite desta quinta-feira (30), um decreto que reduz de 15% para 10% a contribuição do setor industrial e de usinas para o Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege). A medida terá vigor entre julho e dezembro de 2022. O anúncio ocorreu durante encontro com representantes do segmento, realizado pela Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), ocasião em que o Estado apresentou outras ações em prol do setor no território goiano.
A iniciativa tem como objetivo promover alívio financeiro ao contribuinte diante das dificuldades do atual cenário econômico. Caiado explicou que a redução da taxa é possível graças à reorganização da máquina pública. E disse apostar no setor industrial como um agente capaz de criar novos postos de trabalho, apontado como a principal política social que existe. “Goiás hoje é o 6º lugar no Brasil em geração de empregos, alavancado pelos empresários. Mostra que essa parceria direta, a confiança no Estado e a reciprocidade dos empresários só dão frutos positivos.”
A presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, agradeceu a contribuição de empresários para o Protege, que atualmente atende, por meio de programas sociais, cerca de 2 milhões de goianos que vivem em situação de pobreza. “São pessoas que precisam da nossa mão estendida”, resumiu. “Por isso acredito na parceria público-privada. Sem vocês, não teríamos o Protege. Se o empresário cresce, o Estado cresce. É assim que queremos trabalhar.”
As ações implementadas por Caiado desde 2019, e que contemplam o setor industrial, foram mencionadas no encontro. O presidente da Adial, José Garrote de Souza, destacou o diálogo e a parceria como pilares da relação construída junto à atual gestão do Estado. “Sempre disse e defendo lutar não só pela indústria, mas pelo desenvolvimento de Goiás, e que precisa ter o apoio público-privado para que pudéssemos, de mãos dadas, avançar para a vanguarda. Goiás tem tudo para isso. E está acontecendo porque existe diálogo.”
Garrote ainda comentou sobre as dificuldades impostas pela pandemia, bem como as estratégias exitosas de retomada. “Houve dificuldades para todos. Vocês relataram o plano de governo e, com disciplina, tiveram resultados. E nós, da mesma forma”, observou. “Depois de todas as ações tomadas, entendemos que o governo teve uma página virada e hoje caminha para um sentido diferente.”
O governador agradeceu a confiança dos empresários e falou sobre as ações adotadas para desburocratizar a gestão. “Quanto mais diminuirmos a burocracia, mais teremos condições de alavancar o Estado”, afirmou. Caiado também destacou as políticas adotadas pelo Estado para amparar a população mais vulnerável, com apoio do Fundo Protege. “Mostramos que o trabalho com o dinheiro de vocês está sendo feito corretamente”, comentou.
As medidas citadas pelo presidente da Adial e pelo governador foram expostas pela secretária de Estado da Economia, Cristiane Schmidt, durante um breve balanço. Tendo como principais pilares desburocratização, transparência, eficiência, ética, otimização dos recursos públicos e responsabilidade fiscal, Goiás conseguiu, em três anos e meio, retornar à rota do desenvolvimento. “Quando um Estado está fiscalmente equilibrado, consegue devolver à sociedade aquilo que ela merece”, afirmou.
Já o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, lembrou do projeto de agregação de valor para o setor industrial de Goiás (AgreGO), que nesta sexta-feira (1º/07) completa um ano. Nesse período, especialistas elencaram recomendações de como tornar o Estado mais competitivo. Das nove ações selecionadas como prioritárias, oito estão em vigor. “Caminhamos na direção correta. São medidas que efetivamente trarão benefícios para a indústria.”
Entre as políticas de sucesso já implementadas estão o ProGoiás, o novo sistema do ITCD e a mudança da data para recolhimento do ICMS. Agora, o Estado trabalha para implementação de outras ações: o E-Commerce (crédito outorgado para empresas que realizam exclusivamente operações interestaduais via internet destinadas a não contribuintes do imposto); o estímulo para geração de energia por fontes renováveis; e o esmagamento de soja, com crédito outorgado de 5% para 7%.
O gerente da Cia Hering, Marciel Eder Costa, testemunhou que Goiás tem sido terreno fértil para os negócios. “Caiado tem uma visão em 360º e um olhar para os setores, gerando emprego, fomentando a economia. É isso que vamos criar, um Estado forte, seguro, com musculatura, olhando para as pessoas e dando oportunidades”, comentou. A empresa gera, atualmente, 10 mil empregos distribuídos em cinco fábricas locais. Já o prefeito de Itumbiara, Dione José de Araújo, ressaltou que a atual gestão “levou desenvolvimento para os quatro cantos”, mencionando os avanços na área social, de segurança pública, saúde e educação.