O prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB) segue internado se recuperando de complicações da Covid-19, mas precisa ser sedado “apenas para dormir”, segundo informou ao G1 o médico dele, Marcelo Rabahi, nesta quarta-feira (30). O político já está há mais de dois meses no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Rabahi destacou ainda que o quadro dele é estável e que nesta manhã ele estava “acordado”, embora ainda esteja com traqueostomia e ventilação mecânica.

No perfil oficial de Maguito em uma rede social, já no início da tarde, uma publicação informa que o prefeito eleito está “interagindo com a equipe médica” e que passara “a maior parte do tempo acordado”.

Segundo boletim divulgado pelo hospital nesta tarde, às 13h32, o político segue na UTI, “em diálise, sedação leve, traqueostomizado, em pressão de suporte com níveis adequados de oxigenação”. Além disso, “responde aos estímulos e apresenta longos períodos de despertar”.

Posse

Maguito poderá tomar posse do cargo de prefeito por meio de gestos e sem deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A medida consta em uma resolução aprovada pela Câmara Municipal.

Devido à traqueostomia no pescoço, Maguito Vilela vai poder se comunicar por gestos durante a cerimônia de posse, marcada para a próxima sexta-feira (1º), e só assinar o livro de Termo de Posse assim que terminar a validade do atestado médico.

A mudança no regimento interno da Câmara Municipal permitiu aos vereadores, ao prefeito e vice-prefeito eleitos que estiverem contaminados pelo coronavírus a participarem da cerimônia de forma virtual.

A exceção para a posse em cerimônia virtual foi criada por meio de uma resolução apenas para esta legislatura, por causa da pandemia de coronavírus. O projeto passou pela Comissão Mista e pelo Plenário. Durante a tramitação da matéria, o vereador Andrey Azeredo, que é do mesmo partido que Maguito Vilela, o MDB, apresentou a emenda que estendeu a posse virtual para o prefeito e o vice-prefeito eleitos.

Maguito Vilela será empossado prefeito do hospital — Foto: Divulgação
Maguito Vilela será empossado prefeito do hospital — Foto: Divulgação

Histórico de internação

Maguito testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro. Dois dias depois, foi internado em um hospital de Goiânia.

Em 27 de outubro, ele recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e foi transferido para São Paulo. Em 30 de outubro, Maguito foi entubado, pela primeira vez, após piora no quadro respiratório. Em 8 de novembro, ele voltou a respirar sem o equipamento.

O político apresentou piora e foi entubado novamente em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições. Dois dias depois, o candidato iniciou o tratamento respiratório com ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões.

O político apresentou piora e voltou à ventilação mecânica em 15 de novembro, dia do primeiro turno das eleições. Dois dias depois, o candidato iniciou o tratamento respiratório com ECMO, uma máquina que imita as funções dos pulmões.

Em 3 de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada.

No dia 11, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por uma cirurgia para controlar o quadro. Após o procedimento, ele não teve mais hemorragias nos órgãos e voltou a ter um quadro estável, com redução dos sedativos.

Em agosto deste ano, Maguito perdeu duas irmãs para a Covid-19 em um intervalo de menos de 10 dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí, cidade natal do político, localizada no sudoeste de Goiás.

G1