A expectativa do setor é de que a mudança possa abrir espaço para juros menores nos novos contratos.

A Caixa Econômica Federal e o Santander reduziram as taxas de suas linhas de crédito imobiliário recentemente. Neste mês, veio à tona a possibilidade de a Caixa baixar novamente os juros das suas linhas de financiamento para a compra da casa própria e mudar a correção dos novos contratos.

A informação ainda não foi confirmada pela instituição, mas o Banco Central já afirmou que estuda a possibilidade de permitir que os bancos utilizem índices de inflação, como o IPCA, como referência para o reajuste das parcelas do crédito para compra da casa própria em operações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

O índice de inflação seria um substituto da Taxa Referencial (TR), hoje usada como indexador em todas as operações do SFH. A expectativa do setor é de que a mudança possa abrir espaço para juros menores nos novos contratos.

Enquanto isso não se concretiza, o negócio é contar com o que já está disponível no mercado. Não é mesmo? Confira as taxas praticadas pelos principais bancos do país – Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander.

A menor taxa, de 5,11%, é encontrada na linha Carta de Crédito do FGTS da Caixa Econômica Federal. A maior, de 9,75%, também é da Caixa, para as modalidades englobadas no SFH e SFI.

A Carta de Crédito do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) contempla apenas participantes do Fundo. O sistema SFH atinge imóveis de até R$ 1,5 milhão e utiliza recursos do FGTS e da caderneta de poupança. O SFI é uma linha que os bancos oferecem com recursos próprios, para imóveis com valores acima de R$ 1,5 milhão.

Há, ainda, a linha pró-cotista – crédito imobiliário financiado com recursos do FGTS com juros menores para quem não se enquadra nas regras do Programa Minha Casa Minha Vida, e a Carteira Hipotecária, que permite que o contratante seja dono do imóvel, porém a propriedade fica em nome da instituição financeira até o término do contrato como garantia de pagamento da dívida.

A pedido do R7, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) fez duas simulações de financiamento imobiliário pela Tabela Price (parcelas fixas) e SAC (parcelas atualizáveis). Confira:

Um imóvel de R$ 95 mil financiado em 360 meses pela tabela Price, considerando a taxa de 5,11%% ao ano + TR, resultaria numa mensalidade de R$ 512,31. Ao final, o valor pago seria de R$ 184.431,60.

O financiamento do mesmo imóvel pelo sistema SAC, começaria com uma mensalidade de R$ 662,88 e terminaria com uma parcela de R$ 264,99. O total financiado ficaria em R$ 167.019,49

Em outra simulação, um empreendimento de R$ 1 milhão financiado pela Tabela Price em 420 meses, considerando taxa de 9,75% ao ano + TR, geraria parcelas de R$ 8.110,32. Ao final, seu custo totalizaria R$ 3.406.334,40.

Pelo SAC, a primeira parcela seria de R$ 10.180,95 e a última, de R$ 2.399,52. O total pago seria de R$ 2.641.899,99.

Fonte: Portal R7