A marca esportiva Nike revelou nesta quinta-feira, 28, que o motivo do rompimento de contrato com o jogador Neymar, em agosto de 2020, envolve uma acusação de abuso sexual. Uma funcionária da Nike havia apresentado uma reclamação formal contra o brasileiro em 2018, acusando o jogador de tentar força-la a fazer sexo oral. O caso teria ocorrido em Nova York, em 2016.

A investigação contra Neymar se iniciou em 2019. Em agosto do ano passado, o jogador se negou a cooperar com a apuração. Essa é a segunda acusação contra o atacante do Paris Saint-Germain.

Um comunicado da Nike afirmou que a denúncia é verossímil e que manteve o silêncio porque a investigação independente foi inconclusiva. “A Nike encerrou sua relação com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações críveis de uma funcionária. Continuamos respeitando a confidencialidade da funcionária e reconhecemos que essa tem sido uma longa e difícil experiência para ela”, escreveu a empresa.

“Seria inapropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de apresentar fatos que a suportem”, afirmou o comunidado. O contrato foi rescindido oito anos antes do previsto.

Defesa

Nas redes sociais, o jogador negou as afirmações da Nike. “Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos”, comentou Neymar. “Desde os meus 13 anos, quando assinei meu primeiro contrato, sempre fui alertado: não fale sobre os seus contratos! Contratos são sigilosos”, escreveu. “Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação isso é absurdo, mentiroso.”

“Não me deram oportunidade de saber quem é essa pessoa que se sentiu ofendida. Eu nem a conheço. Nunca tive nenhum relacionamento”, acrescentou.

Em entrevista à GloboNews, o pai do futebolista, Neymar da Silva Santos, afirmou que o contrato “foi rompido unilateralmente por falta de pagamento”.

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