Os pedidos de recuperação judicial registraram queda de 7% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior, passando de 142 para 132, de acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian. Desde abril, essa é a quinta queda consecutiva anual do índice em 2020. Em relação a julho, a retração foi de 2,2%.
As grandes empresas tiveram uma redução de 25% nos pedidos de recuperação judicial em agosto e as médias tiveram queda de 20,8%. Já as micro e pequenas empresas tiveram alta de 1% no número de pedidos de recuperação judicial. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os negócios de maior porte estão se recuperando com mais rapidez diante da retomada das atividades comerciais e de serviço porque têm maior fôlego de capital de giro.
Além disso, o economista avalia que as renegociações entre credores e devedores continuam sendo o principal fator para contribuição da queda do índice. “É essencial que, além de fazer o bom uso das linhas de crédito, os empresários saibam como administrar renegociações de prazos, a fim de não cair no endividamento e, por consequência, ficar com o nome sujo. Em cenários econômicos como o que temos visto, desde o começo das medidas de distanciamento social, as negociações passaram a ser mais interessantes, tanto para as empresas como para fornecedores e parceiros”, disse Rabi.
Em agosto, os pedidos de falências também tiveram queda (18,4%), passando de 125 para 102, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Agência Brasil