Desse total, a dívida interna cresceu 0,32%, ao passar de R$ 3.723,29 bilhões para R$ 3.735,30 bilhões.

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) teve aumento, em termos nominais, de 0,31%, em maio, no confronto com o mês de abril, passando de R$ 3,878 trilhões para R$ 3,890 trilhões, de acordo com dados do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, do Ministério da Economia.

Desse total, a dívida interna cresceu 0,32%, ao passar de R$ 3,723 bilhões para R$ 3,735 bilhões, em consequência da apropriação positiva de juros de R$ 27,94 bilhões neutralizada, em parte, pelo seu resgate líquido no valor de R$ 16,03 bilhões.

Com relação à dívida externa federal também houve aumento de 0,16% sobre o apurado em abril. O estoque encerrou o mês de maio em R$ 155,54 bilhões, o equivalente a US$ 39,47 bilhões sendo R$ 147,93 bilhões (US$ 35,76) referentes à dívida mobiliária e R$ 14,62 bilhões (US$ 3,71 bilhões), à dívida contratual.

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 15,92% em abril para 13,99% em maio. E o prazo médio da dívida aumentou de 4,22 anos em abril para 4,26 anos no mês passado. O custo médio da DPF acumulado em 12 meses baixou de 9,77% ao ano em abril para 9,44% ao ano em maio.

Composição da dívida

O Relatório Mensal da Dívida Pública Federal apontou que o nível de confianças dos investidores externos no Brasil aumento. Os estrangeiros aumentaram a participação em maio. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da dívida federal interna subiu de 12,50% em abril para 12,74% em maio, para o total de R$ 476,04 bilhões – antes estava em R$ 465,43 bilhões.

Os fundos de investimento se mantiveram como os maiores detentores de papéis do Tesouro, com a participação passando de 26,12% em abril para 26,58% no mês passado. Já a fatia do grupo Previdência passou de 25,56% para 24,83%.
“Esse fluxo positivo dos não-residentes demonstra a confiança dos investidores estrangeiros. Eles estão mais confiantes na aprovação das reformas, especialmente da reforma da Previdência”, explicou Luís Felipe Vital, coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, do Ministério da Economia.

Ele ressaltou também no relatório que o estoque das instituições financeiras no estoque, com elevação de 21,65% em abril para 22,00% em maio. E as s seguradoras tiveram aumento na participação de 4,02% para 4,06%.

Tesouro Direto

Os resgates de títulos públicos, em maio, no total de R$ 10,063 bilhões, superaram as emissões, que foram de R$ 5,860 bilhões, o que resultou em um resultado negativo de R4 4,203 bilhões. O título mais demando pelos investidores foi o Tesouro IPCA, que respondeu por 43,57% do montante vendido. De acordo com o coordenador Luís Felipe Vital, “esse foi um movimento atípico, já que os resgates costumam ser maiores nos títulos atrelados à Selic”.


“Isso se deve basicamente à redução de taxas de juros nos bancos centrais ao redor do mundo, com impacto positivo nos mercados emergentes”, reforçou Vital. No total, de acordo com o relatório mensal, o Tesouro Direto movimentou R4 55,543 bilhões, uma queda no volume de 6,33% em relação a abril.

Fonte: Correio Braziliense