Estratégia auxilia profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para a Covid-19.

No momento em que países de todo o mundo incluindo o Brasil somam esforços para conter o avanço do novo coronavírus, é importante não se esquecer de outras doenças respiratórias como o H1N1. Em nosso país, uma das estratégias adotadas pelo governo é a antecipação da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza para o dia 23 de março.

Este ano, o público-alvo foi modificado e serão imunizados, primeiramente, idosos e trabalhadores de saúde. Para a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (Suvisa-SES), Flúvia Amorim, essa é uma maneira de se descartar uma doença respiratória para um grupo de pessoas que já está mais vulnerável ao coronavírus. Além de auxiliar os profissionais de saúde a descartarem as influenzas na triagem e acelerarem o diagnóstico para a Covid-19.

Estratégias

Por isso, é importante que as pessoas compareçam aos postos de vacinação que este ano devem ser montados em tendas abertas ou escolas. Os municípios, responsáveis pela aplicação das doses, já estão orientados a evitar aglomerações de pessoas. Para tal, serão distribuídas senhas e/ou as filas serão organizadas com distâncias mínimas entre as pessoas. Flúvia Amorim destaca que muitos municípios goianos já receberam as doses da vacina e iniciaram a vacinação.

Em Goiás, o H1N1, subtipo do vírus da gripe, tem se mantido estável, mas tende a aumentar o número de casos nesta época do ano em que há uma variação maior de temperatura. Assim, reforça-se a necessidade de tomar a vacina disponibilizada gratuitamente. O H1N1 causa os mesmos sintomas das outras versões do vírus influenza: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, espirros e tosse.

Outra diferença apontada pela superintendente da Suvisa é o fato de o H1N1 ser mais agressivo em jovens e grávidas, enquanto o novo coronavírus mostra-se mais grave em idosos, asmáticos, pessoas com doenças do coração, diabéticos, entre outras doenças debilitantes.

Goiás

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás, de 1º de janeiro a 16 de março deste ano, foram notificados 142 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Goiás. Destes, 6.34% (9) foram classificadas como SRAG por influenza, 20.42% (29) como outros vírus respiratórios, 37.32% (53) SRAG não especificada e 35.92% (51) estão em investigação. (5) influenza B. Dentre os casos de influenza, (2) foram confirmados como A/H1N1, e (2) INFLUENZA A/H3N2V.

Até a SE 12 foram notificados 14 óbitos por SRAG, o que corresponde a 9.86% do total de casos. Do total de óbitos notificados, 2 (14.29%) foram confirmados para vírus influenza, Sendo 0 influenza B, dois de  A/H1N1 e nenhum de A/H3N2V.

Fonte: Jornal Opção