Até o momento, o atletismo brasileiro tem 24 vagas confirmadas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, sendo, desta forma, a modalidade individual com o maior número de representantes já garantidos. Uma delas é Érica Rocha de Sena, da marcha atlética. Com a marca de 1h27min35, obtida em La Coruña, em junho de 2019, a pernambucana se classificou para a prova dos 20 km.

Após passar mais de três meses apenas treinando em uma esteira dentro de sua casa em Cuenca (Equador), onde vive com seu marido Andrés Chocho, a atleta de 35 anos está voltando às atividades na pista e nas ruas da cidade. Porém, os impactos causados pela pandemia novo coronavírus (covid-19) ainda não foram totalmente superados.

“Meu corpo mudou um pouco nesta quarentena, continuo pesando a mesma coisa, mas com algumas mudanças. Estou voltando aos poucos aos treinos fortes e recuperando o que perdemos”, disse a quarta colocada nos 20 km dos dois últimos Campeonatos Mundiais (Doha 2019 e Londres 2017).

“Temos que treinar com a máscara, o que dificulta muito. Além disso, tem muita gente saindo às ruas para correr, muitos sem nenhuma proteção”, disse a atleta. Sena está ansiosa pela oportunidade de voltar a treinar na Europa. “Com mais tranquilidade na preparação para recomeçar, de fato, os treinos para a Olimpíada de Tóquio. Lá é o ideal. Meu objetivo é brigar por uma medalha em 2021”, declarou a marchadora, sétima colocada nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.

Alteração do calendário para busca de índices

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) recebeu na última quarta-feira (12) uma circular da World Athletics (entidade máxima do atletismo) com informações sobre a antecipação do calendário da janela de obtenção dos índices olímpicos das provas de maratona e marcha atlética, passando de 1º de dezembro para 1º de setembro de 2020.

A decisão da entidade limita-se apenas ao índice de qualificação. O acúmulo de pontos para o ranking mundial e a classificação automática por meio da colocação nas maratonas dos selos gold e platinum permanecem suspensos até 30 de novembro. Durante o período de 1º de setembro a 30 de novembro os atletas podem alcançar os índices apenas em eventos identificados e autorizados por uma federação membro, ou que façam parte do circuito mundial de atletismo, com controle de dopagem e seguindo todos os requisitos da World Athletics.

Sendo assim, a CBAt informou que os atletas que desejarem tentar a qualificação olímpica em tais eventos devem comunicar a confederação.

Agência Brasil