Lucy, a primeira missão da Agência Espacial americana, a Nasa, aos asteroides troianos de Júpiter, começou neste sábado (16) da Flórida, para uma viagem de 12 anos que buscará entender melhor a formação de nosso sistema solar. O foguete Atlas V decolou às 09:34 GMT (6h34 no Brasil) do Cabo Canaveral. Assista o lançamento.

A sonda Lucy sobrevoará pela primeira vez um asteroide entre Marte e Júpiter por volta de 2025. Ao todo, ela estudará oito asteroides de uma região conhecida como Tróia. (entenda a importância da região abaixo)

Nave da missão Lucy da Nasa foi lançada da base espacial na Flórida, EUA, na manhã deste sábado (16). — Foto: Nasa
Nave da missão Lucy da Nasa foi lançada da base espacial na Flórida, EUA, na manhã deste sábado (16). — Foto: Nasa

Cerca de uma hora após o lançamento, Lucy se separou do seu foguete e agora segue viagem sozinha rumo aos asteroides. A sonda viaja a uma velocidade de 180 mil km/h.

Para conseguir viajar sozinha pelos próximos anos, ela carrega a bordo dois enormes painéis solares, cada um com quase 7,3 metros de largura – Lucy é a primeira espaçonave movida a energia solar a se aventurar muito longe do Sol.

Os painéis solares se desenrolaram com sucesso cerca de 30 minutos depois da espaçonave se separar do foguete e começaram a carregar as baterias da sonda para alimentar seus subsistemas.

A sonda foi batizada com o nome Lucy em homenagem a um antigo fóssil que ajudou na compreensão da evolução da espécie humana.

Os asteroides troianos

Imagem mostra trajetória realizada pela pelo foguete Atlas V com a nave Lucy a bordo durante o lançamento ocorrido neste sábado (16). — Foto: Nasa
Imagem mostra trajetória realizada pela pelo foguete Atlas V com a nave Lucy a bordo durante o lançamento ocorrido neste sábado (16). — Foto: Nasa

Evidências científicas, segundo a Nasa, indicam que os asteróides troianos são remanescentes do material que formou os planetas gigantes, como a Terra. Estudá-los pode revelar informações até então desconhecidas sobre sua formação e a evolução de nosso sistema solar.

Cada um desses asteroides deve “oferecer uma parte da história de nosso sistema solar, de nossa história”, disse Thomas Zurbuchen, diretor da divisão científica da agência espacial dos Estados Unidos.

O custo da missão é de cerca de US$ 981 milhões.

G1