Na semana passada, Bolsonaro mandou Petrobras suspender reajuste de 5,7% no diesel. Com decisão, ações caíram mais de 8%, e empresa perdeu R$ 32,4 bi em valor de mercado.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, se reuniu na tarde desta segunda-feira (15) com outros integrantes da Esplanada para discutir medidas ligadas aos caminhoneiros, entre as quais a política de preço dos combustíveis, em especial do óleo diesel, e o valor mínimo do frete rodoviário.

A reunião começou pouco depois das 15h e não havia terminado até a última atualização desta reportagem.

Segundo a Casa Civil, os seguintes ministros foram convidados para o encontro:

  • Paulo Guedes (Economia);
  • Bento Albuquerque (Minas e Energia);
  • Tarcísio Freitas (Infraestrutura);
  • Santos Cruz (Secretaria de Governo);
  • Floriano Peixoto Vieira Neto (Secretaria-Geral da Presidência).

Também foram chamados:

  • Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras;
  • Joaquim Levy, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por videoconferência.

O encontro acontece quatro dias após o presidente Jair Bolsonaro intervir na Petrobras ao mandar a estatal suspender o reajuste de 5,7% no preço do óleo diesel nas refinarias.

O reajuste ainda será avaliado por Bolsonaro em uma nova reunião, prevista para terça-feira (16), com ministros e representantes da Petrobras. O presidente também terá um encontro com Paulo Guedes, o primeiro desde a intervenção na Petrobras.

Entenda a polêmica

O reajuste no diesel foi anunciado na última quinta-feira (11) pelo Petrobras. Bolsonaro, então, telefonou para o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e determinou a suspensão do aumento.

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, negou que a intervenção tenha sido uma “interferência política” do presidente na estatal.

Com a decisão de Bolsonaro, as ações ordinárias da Petrobras caíram 8,54% na sexta-feira; as ações preferenciais caíram 7,75%. A Petrobras perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado na ocasião.

O presidente afirmou no dia 12 que não defende práticas “intervencionistas” nos preços da estatal, porém exigiu justificativa baseada em números para o reajuste.

O governo diz que tenta evitar uma nova greve dos caminhoneiros. Em 2018, uma greve da categoria paralisou rodovias e interrompeu o transporte de alimentos, combustíveis e de outros produtos no país.

Fonte: Portal G1