A família da transexual goiana Angelita Seixas Alves Correia, de 31 anos, achada morta em uma praia de Portugal, pretende trazer as cinzas do corpo para fazer um enterro simbólico em Goiânia, devido ao alto custo do traslado para o Brasil, segundo informou a irmã, Suzana Alves Alcântara.

“A princípio havíamos conversado que faríamos e depois seria cremada. Eu tentaria trazer nem que fossem as cinzas para confortar a minha mãe e a família em um enterro simbólico”, explicou Suzana Alves.

O corpo está sob perícia numa espécie de instituto médico legal de Portugal, onde aguarda a transferência para uma funerária. A família espera também informações sobre a causa da morte e a investigação policial para saber quem cometeu o crime e o motivo.

A irmã, que mora em Curitiba, contou ao G1 que o corpo foi achado em decomposição, mas que nem o marido da transexual, que é português, o viu ainda.

“Não sabemos a causa da morte. A polícia está seguindo as investigações com sigilo”, relatou.

O corpo de Angelita Seixas foi encontrado por um surfista na segunda-feira (11), que chamou a polícia. Ela estava desaparecida desde 1º de janeiro.

G1 entrou em contato com o Itamaraty por email às 7h10 para saber se o órgão foi notificado sobre a morte da goiana e aguarda resposta.

Ameaças

A irmã, de 42 anos, disse que Angelita relatou, em uma live, estar sofrendo ameaças, mas não deu detalhes.

Suzana contou que a irmã se mudou para Portugal em 2016 e se casou lá em 2018. Ela morava na cidade de Matosinho. No dia 1º saiu de casa dizendo ao marido que iria até a casa de uma amiga.

Angelita Seixas Alves Correia encontrada morta em Portugal - Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Facebook
Angelita Seixas Alves Correia encontrada morta em Portugal – Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/Facebook

G1