O rapper DMX morreu aos 50 anos nesta sexta-feira (9) em Nova York. Ele estava internado na UTI após sofrer uma parada cardíaca. A morte foi confirmada pela família a veículos de imprensa dos EUA.

DMX lutou contra o uso de abusos de drogas durante vários anos e já tinha passado por algumas internações para reabilitação.

De acordo com informações do site TMZ, DMX sofreu um ataque cardíaco em decorrência de uma overdose, na sexta-feira (2).

“Nós estamos profundamente tristes de anunciar hoje que nosso amado DMX, com nome de nascimento Earl Simmons, morreu aos 50 anos no White Plains Hospital (no estado de Nova York) com sua família ao seu lado”, diz o comunicado.

“Earl foi um guerreiro que lutou até o fim. Ele amava sua família com todo o seu coração e nós temos carinho pelo tempo que passamos por ele. A música de Earl inspirou inúmeros fãs pelo mundo e seu icônico legado vai ficar para sempre”, diz o texto.

Trajetória

Nesta foto de arquivo tirada em 23 de julho de 2017, o rapper DMX se apresenta durante a quinta semana da liga de basquete BIG3, em Chicago, Illinois — Foto: Streeter Lecka/Getty Images North America/AFP
Nesta foto de arquivo tirada em 23 de julho de 2017, o rapper DMX se apresenta durante a quinta semana da liga de basquete BIG3, em Chicago, Illinois — Foto: Streeter Lecka/Getty Images North America/AFP

DMX foi um dos principais rappers da prolífica cena de hip hop de Nova York dos anos 90. Ele fazia um som pesado com letras agressivas sobre a realidade das ruas.

Ele cresceu em Nova York e teve uma infância marcada por abusos familiares e problemas com a polícia.

No início dos anos 90, ele se tornou mais ativo na cena e colaborou com artistas como Jay-Z, LL Cool J e Ja Rule. Ele se destacou com letras sobre violência e ficou famoso no final da década.

DMX discursa ao receber o prêmio R&B do Billboard Music, em Las Vegas, em 8 de dezembro de 1999 — Foto: Ethan Miller/Reuters/Arquivo
DMX discursa ao receber o prêmio R&B do Billboard Music, em Las Vegas, em 8 de dezembro de 1999 — Foto: Ethan Miller/Reuters/Arquivo

Entre 1998 e 2003, cinco de seus álbuns estiveram no topo das listas de vendas nos Estados Unidos. Os mais marcantes foram a estreia “It’s Dark and Hell is Hot”, e a sequência “… And Then There Was X”.

Entre as músicas de maior sucesso dele estiveram “Get me a dog” (1998), “Party Up (Up in Here)” (2000) e “Money, Power & Respect”, com The Lox e Lil’ Kim (1998).

DMX também teve uma carreira como ator. Ele contracenou com Steven Seagal em “Rede de Corrupção” (2001) e com Jet Li em “Contra o tempo” (2003) e “Romeu tem que morrer” (2000). Os três filmes foram dirigidos pelo polonês Andrzej Bartkowiak.

No meio da década passada, seu sucesso diminuiu e ele teve diversos problemas com o uso de drogas e com a justiça.

Em 2015, ele foi condenado a seis meses de prisão por não pagar US$ 400 mil de pensão alimentícia. Ele também foi detido em 2013 por posse de maconha, e em 2011 foi libertado após 11 meses de prisão por violação de condicional.

Em 2018, o rapper americano foi preso após ser flagrado em um exame toxicológico. Na ocasião, ele testou positivo para opiáceos, cocaína e oxicodona.

Quando foi detido, DMX estava em liberdade condicional depois de ter se declarado culpado de sonegação fiscal por não ter pago US$ 1,7 milhão em impostos.

Overdose não confirmada oficialmente

DMX, cujo nome verdadeiro era Earl Simmons, em foto de janeiro de 2006 — Foto: Louis Lanzano/AP/Arquivo
DMX, cujo nome verdadeiro era Earl Simmons, em foto de janeiro de 2006 — Foto: Louis Lanzano/AP/Arquivo

Murray Richman, advogado do artista há 25 anos, confirmou no início de abril a parada cardíaca do rapper, mas disse não ter informações sobre a causa.

Fãs do artista se reuniram durante a semana para orações no local e acenderam velas no local.

Segundo o TMZ, o cérebro de DMX teria ficado privado de oxigênio por cerca de 30 minutos durante overdose.

G1