Os trabalhadores do transporte público anunciaram neste domingo, 20, que a paralisação da Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (RMTC) está encerrada. O sistema volta a operar normalmente a partir de segunda-feira, 21. As informações são da assessoria do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros de Goiânia e Região Metropolitana (SET).

A paralisação começou neste sábado, 19, com a reivindicação do pagamento do 13° salários, bem como dos salários atrasados. Os trabalhadores receberam a garantia, por parte das empresas, que as pendências serão quitadas.

A proposta aceita pelos funcionários contempla o pagamento do 13º salário em até 4 parcelas; os salários do mês de novembro que ainda não foram pagos, e a promessa de que o pagamento de dezembro com vencimento em janeiro será pago no decorrer do mês de janeiro de 2021.

“Conseguimos chegar a um acordo, mais uma vez por esforço das concessionárias do sistema, para que a população não fique sem transporte neste final de ano”, disse o presidente do SET, Adriano Oliveira.

“As empresas vão manter a priorização para o pagamento dos funcionários, com isso, tendo que sacrificar outros pagamentos de insumos e fornecedores, até mesmo de óleo diesel, exigindo que elas montem uma operação emergencial nos próximos dias, até que seja dada uma solução para a grave crise que assola o setor, não somente na região
metropolitana de Goiânia, mas em todo o Brasil”, completou presidente do SET.

As negociações foram feitas diretamente com os funcionários das empresas e a proposta aceita foi a mesma apresentada ao SindColetivo na semana passada, que negou as demandas.

Negociações

A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) informou que realizou neste fim de semana várias reuniões com representantes da Prefeitura de Goiânia e das empresas que operam o transporte público coletivo em Goiânia e região metropolitana.

A CMTC levou a proposta da prefeitura de Goiânia de repassar aproximadamente R$ 1,8 milhão às empresas. A próxima administração faria o repasse de uma parcela do déficit operacional mensal das empresas, que tem valores variados.

A nova administração aceitou fazer o repasse, no entanto não houve acordo por parte das empresas, que entendem que a atual gestão deve também assumir o custo do déficit acumulado desde abril de 2020.

Ao final da reunião de de hoje ficou acertado que as empresas viabilizariam a volta do serviço de transporte para amanhã e uma nova rodada de negociações será iniciada com a nova gestão municipal de Goiânia e demais municípios a partir de 1º de janeiro de 2021.

Jornal Opção