Acusado pelo homicídio de Vanusa Cunha Ferreira, Parsilon Lopes dos Santos será julgado pelo Tribunal do Júri da comarca de Aparecida de Goiânia nesta terça-feira (01/12), a partir da 8h30. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da 5ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, o crime ocorreu na madrugada de 19 de janeiro de 2019, em uma chácara no Jardim Copacabana, em Aparecida de Goiânia.
Conforme a peça acusatória, Parsilon Lopes dos Santos matou a vítima depois de tê-la estuprado e obrigado a praticar atos libidinosos com ele. Em seguida, ele tentou esconder o corpo de Vanusa nos fundos da chácara, que acabou sendo encontrado no dia seguinte.
Segundo o promotor Milton Marcolino dos Santos Júnior, a vítima, que era técnica de enfermagem, trabalhava no Hospital de Urgências Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e prestava serviços de motorista de aplicativo. No dia do crime, Vanusa Cunha Ferreira saiu para fazer várias corridas para o denunciado. Ela foi buscar, a pedido de Parsilon, dois músicos no Terminal Rodoviário de Goiânia e os levou até um bar onde se encontrava o denunciado. De lá, levou os dois até a casa de outro músico, onde se arrumaram. Em seguida, buscou o denunciado e seguiram para a casa de shows, onde se apresentariam.
De madrugada, após o show, Vanusa Cunha Ferreira levou os quatro para a residência de um dos músicos, onde todos ficaram. No entanto, o acusado seguiu para a chácara em que morava, para encerrar a corrida. Ao chegar ao imóvel, ele obrigou a vítima a entrar na casa, onde a estuprou, depois de dominá-la e espancá-la. Segundo o promotor de Justiça, com “o intuito de ocultar o estupro cometido, o denunciado bateu a cabeça da vítima no chão por várias vezes, até deixá-la como morta”.
Feminicídio
O denunciado, então, arrastou o corpo da vítima pela casa e jogou-o no fundo da chácara, visando ocultá-lo. Em seguida, utilizou o carro de Vanusa para fugir. O MP-GO denunciou Parsilon Lopes dos Santos por homicídio com quatro qualificadoras: emprego de meio cruel, de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, para assegurar a ocultação de outro crime e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Também foi denunciado por estupro e ocultação de cadáver.