A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, na última terça-feira, 20, novas tarifas para a Enel Distribuição Goiás, que entrarão em vigor a partir desta quinta-feira, 22, de outubro de 2020. O efeito médio do reajuste foi positivo em 4,28%, sendo de 2,53% o aumento na tarifa para os consumidores residenciais, que representam mais de 85% de todos os clientes da Enel Goiás. Esses clientes, que até então pagavam R$ 0,533/kWh na conta de energia, a partir do dia 22 passarão a pagar R$ 0,547/kWh. O reajuste para clientes residenciais ficou abaixo da inflação do período (IPCA 3,14%).
A tarifa da companhia, mesmo reajustada, se mantém abaixo da média atual das tarifas residenciais das 53 distribuidoras do País, que é de R$ 0,576/kWh. Consumidores de média e alta tensão, em geral indústrias e comércios de grande porte, terão aumento médio de 6,63%
Dentre os itens que colaboraram para o índice positivo no reajuste estão o aumento no custo de: compra de energia elétrica da usina de Itaipu binacional, devido à variação na cotação do dólar; encargos de transmissão, devido à elevação das tarifas das transmissoras aprovada pela Aneel em julho de 2020; encargo setorial da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, aprovado em dezembro de 2019 e repassado somente no reajuste tarifário.
As tarifas de energia são definidas pela Aneel com base em leis e regulamentos federais e contêm custos que não são de responsabilidade da Enel Goiás, tais como: custos de compra e transmissão de energia, encargos setoriais e impostos. Estes valores são arrecadados pela distribuidora, por meio da tarifa de energia, e repassados integralmente às empresas de geração, transmissão e ao Governo Federal e Estadual. Segundo a companhia, em uma conta de R$ 100, “apenas R$ 18,70 são destinados à Enel Distribuição Goiás para operar, manter e expandir a rede de distribuição de energia”.
Diante dos novos percentuais, a Enel reitera aos clientes a importância do consumo consciente da energia elétrica para evitar o aumento de suas faturas. Entre agosto e setembro de 2020, o Estado de Goiás apresentou recordes de altas temperaturas e de baixa umidade do ar. Durante este período de forte calor e sequidão é muito comum intensificar o uso de equipamentos refrigeradores, como ar-condicionado, ventiladores e umidificadores de ar, que aumentam o consumo de energia.
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