Em Nota Técnica nº 9 publicada pelo grupo de estudos da Universidade Federal de Goiás (UFG), que analisa o comportamento do novo coronavírus no Estado, estimou-se que a taxa Re de transmissão da Covid-19 no Estado é igual 1.042 com correção da defasagem. O intervalo de confiança é de 95%, variando entre 0,804 e 1.232.
Os pesquisadores apontam que o valor é superior ao Re que seria considerado caso não houvesse atraso nas notificações, que é de 0,549. O Re mostra quantas pessoas um infectado contamina em média. De acordo com o estudo, o R próximo a 1 quer dizer que o vírus ainda está expandindo no Estado de Goiás. A cada pessoa contaminada, ao menos uma outra pessoa ou mais também se contamina.
No estudo destaca que é necessário que a sociedade continue adotando cuidados, como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social para que os casos não continuem subindo.
Nos municípios
Em Goiás, municípios com mais de 100 mil habitantes estão com os índices próximos ou superiores a 1. Com exceção de Aparecida de Goiânia e Rio Verde, em que os valores, aparentemente, estão abaixo de 1. Por conta da variação do padrão de defasagem, o estudo mapeou a média dos valores de Re nos últimos sete dias.
A nota observa que a partir dos decretos estaduais, entre os meses de março e abril, houve redução considerável da pandemia em Goiás, reduzindo de 1,7 para 1 o Re. No entanto, conforme o isolamento diminuiu e a mobilidade aumenta, também sobe as transmissões.
Já no fim de maio e início de junho, a relação entre isolamento social (medida por telefonia) e Re desaparece, fazendo com a transmissões se reduzam rapidamente. De acordo com os pesquisadores, algumas hipóteses foram consideradas, como a diminuição de pessoas mais suscetíveis transitando, medidas de higiene, mudança de comportamento da população, uso de máscaras etc.
Jornal Opção