O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, falou em entrevista sobre a plataforma virtual desenvolvida pela federação em parceria com a Fecomércio e IEL, criada com o objetivo de auxiliar o governo estadual a autorizar uma abertura gradual do comércio no Estado.
“É uma plataforma muito completa, com todos os CNPJs de Goiás cadastrados, que permite, por exemplo, com que o governador Ronaldo Caiado defina quais tipos de estabelecimentos em quais cidades poderão funcionar”, explica Mabel. Caso o estabelecimento receba a autorização, será emitida uma espécie de alvará e o local deverá seguir regras rígidas para conter a disseminação do novo coronavírus.
O presidente da Fieg afirma que o sistema permite que a autorização seja suspensa em caso de necessidade ou de descumprimento das regras estabelecidas. “Vamos supor que o número de casos de Covid-19 aumente em determinada região, a autorização é suspensa e isso constará no QR Code do alvará, que poderá ser verificado pelos órgãos de controle e que deve ficar exposto na entrada do estabelecimento”, detalha.
A iniciativa, segundo Mabel, traz mais segurança à tomada de decisão em relação à reabertura do comércio. “Sabemos da gravidade da situação e do perigo de contágio, mas estamos buscando um diálogo e alternativas que tragam perspectiva ao comércio. Hojé é dia 31 de março e muitas pessoas estão sendo demitidas justamente porque não existe uma perspectiva, as pessoas estão com medo”, defende.
Ainda de acordo com Sandro Mabel, o software já foi apresentada ao governador Ronaldo Caiado e membros do governo. No entanto, não há uma resposta sobre a adesão à plataforma. “Tínhamos um diálogo em andamento com a secretária de Economia, para a criação de um comitê, mas isso foi passado para o secretário Adriano e, agora, está mais parado”.
A Fieg também pretende disponibilizar a plataforma para outros estados que tenham interesse em utilizar o sistema. “Um dia tive o insight de criar esse ambiente virtual e no outro dia colocamos o time para trabalhar. Acredito que irá ajudar muito, mas outras medidas como o isolamento vertical devem ser avaliadas. Até porque , quando o comércio abrir, muita gente vai permanecer sem buscar esses serviços”, argumenta Mabel.
Segundo Mabel, lideranças mundiais estão mudando de postura e pensando também nas outras consequências da pandemia. “Você viu a fala do secretário da ONU? Ele já mudou a postura. Em Goiás não precisamos de um governador médico, pois já temos muitos médicos. Precisamos de um governador que olhe para o todo”, alfineta.
Fonte: Jornal Opção