Com as menores taxas de isolamento social desde a flexibilização da quarentena no Brasil, Goiás viu os números de contaminações e mortes pelo coronavírus causador da Covid-19, o Sars-CoV-2, dispararem em um mês. O decreto que permitiu a volta de algumas atividades econômicas no Estado passou a valer no dia 20 de abril. Contudo, com o feriado de Tiradentes, só passou a ter feito prático no dia 22 daquele mês.

A análise dos dados disponíveis na Plataforma Covid Goiás, desenvolvida pela Universidade Federal de Goiás (UFG), mostra que a velocidade de propagação da doença é maior no interior goiano que na capital. Em um mês, os casos em Goiânia tiveram acréscimo de 437% (de 240 para 1.049). O número de mortes subiu 360% (de 10 para 36). No interior, os registros de novos casos subiram 611% (de 181 para 1.106) e o de mortes, 544% (de 9 para 49).

De acordo com as últimas informações disponíveis na Plataforma Covid-19, no dia 21 de abril já havia notificações da Covid-19 em 43 municípios goianos. Até a quinta-feira, 21 de maio, já eram 95. O avanço confirma tendência apontada por reportagem do Jornal Opção publicada no início do mês.

No início da quarentena, Goiânia tinha 57% de todos os casos e 52,7% das mortes por Covid-19 no Estado. Na última atualização, na noite de quinta-feira, 21, a capital passou a responder por 49% dos registros e 42,4% dos óbitos.

Mesmo com a tendência de alta do período, a velocidade com que o coronavírus se espalha em Goiás está menor que a do restante do Brasil. No País, em um mês o número de casos subiu 753% (de 41.131 para 310.087) e o de mortes, 728% (de 2.751 para 20.047). Com isso, o Estado ocupa a 24ª posição no número de casos (apenas Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm menos registros) e a 23ª no de mortes (além dos três Estados registrados, Roraima também tem menos mortes que Goiás).

O Brasil hoje é o terceiro do mundo em número de casos, atrás apenas da Rússia (326 mil) e dos Estados Unidos (1,6 milhão). Em relação às mortes, o país está atrás da Espanha (28 mil), França (28,1 mil), Itália (32,4 mil), Reino Unido (36 mil) e Estados Unidos (95 mil).

Jornal Opção