O Brasil deve assumir o segundo lugar no número de casos confirmados de Covid-19 nesta sexta-feira, 22. O país já ultrapassou a marca das 20 mil mortes e dos 300 mil casos de contaminação.

Assumindo o segundo lugar da Rússia, o Brasil ficará atrás apenas do Estados Unidos, com 1.573.742 notificações. Os pesquisadores afirmam que ainda não é possível vislumbrar a curva, pois os números continuam subindo.

“Há muita incerteza do ponto de vista das previsões. No entanto, todos os modelos com os quais a gente vêm trabalhando apontam que, de uma forma geral, ainda temos um período de atividade da Covid-19 significativo. Ou seja, não se espera que essa atividade decaia nas próximas semanas” afirmou o chefe do Laboratório de Medicina Intensiva do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fernando Bozza.

Bozza alertou para o fato de que o Brasil entrará no período de temperaturas mais baixas com o vírus em alta performance, na Europa e nos Estados Unidos, a pandemia teve início no fim do inverno.

“De uma forma geral, doenças respiratórias têm uma maior transmissão durante o inverno. A questão é que, no caso da Covid-19, a gente ainda não teve isso. Vai começar agora no hemisfério sul. Nenhum país passou por esse comportamento, de atravessar o período do inverno com a atividade da doença já em alta. Se a contaminação vai aumentar ou não, não há como afirmar. O hemisfério norte estava saindo do inverno e entrando no verão. Então, é mais um fator de incerteza, o que dificulta previsões confortáveis” apontou o pesquisador.

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