De abril a junho deste ano, o Brasil realizou menos da metade dos transplantes de órgãos e tecidos do início do ano. Foi uma diminuição de 61% dos procedimentos, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

Na contramão da situação do País, o Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, em Goiânia, referência em procedimentos desse tipo no Estado, ultrapassou, neste mês de setembro,  500 transplantes realizados desde o início das atividades.

Mesmo com a pandemia da Covid-19, o hospital fechou o primeiro semestre de 2020 com crescimento de 20% na realização de transplantes de rim e de fígado.

Pioneiro no procedimento, desde a criação do serviço de transplante renal foram realizados 487 cirurgias na unidade de saúde do Governo de Goiás, que é gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), sob orientação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO).

Desde que foi implantado, o serviço de transplante hepático já realizou 17 cirurgias. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado em agosto deste ano, o HGG é o quinto maior centro transplantador renal no País e o único a fazer transplantes de fígado em Goiás.

O diretor-técnico do HGG, Durval Pedroso, ressalta que o hospital é o maior centro transplantador de órgãos sólidos de Goiás, além de ter realizado o primeiro transplante de fígado no Estado.

“É uma satisfação muito grande para a unidade ser referência em transplantes. O apoio do Governo de Goiás, por meio da Gerência de Transplantes, é fundamental para que o hospital desenvolva este trabalho. Ultrapassar a marca dos 500 transplantes e pensar que foram 500 vidas modificadas em qualidade e perspectivas é um marco a ser comemorado não só pelo HGG, mas também por todos do Estado de Goiás”, destaca.
 
De acordo com Durval, para que o serviço de transplante continuasse funcionando no hospital após o anúncio da pandemia pelo coronavírus, várias medidas foram tomadas visando a segurança dos pacientes.

Além disso, foi suspensa a coleta de órgãos realizada por doadores vivos, utilizando apenas órgãos de doadores cadáveres. “Nesse caso, se não fizer o transplante, haverá perda do órgão. Sendo assim, é um procedimento justificável, desde que em comum acordo com o receptor e com todas as medidas de prevenção tomadas”, justifica o médico.
 
Durval explica que o HGG tem uma boa estrutura, e isso garantiu que o hospital mantivesse o fluxo normal de transplantes durante a pandemia. “O HGG atende os pacientes com diversas doenças, exceto o coronavírus. Os pacientes fortemente suspeitos não são atendidos no HGG, e, sim, encaminhados às unidades dedicadas ao atendimento de Covid-19”, enfatiza.

Comunicação da Secretaria da Saúde