O vereador Marlon Teixeira (cidadania) apresentou um projeto para trocar o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida Marília Mendonça, em Goiânia. Além de fazer uma homenagem à cantora morta em um acidente de avião, o político propõe a discussão sobre manter nomes ligados à ditadura militar em locais públicos.

O projeto foi apresentado na quarta-feira (11). “A Marília Mendonça representa o empoderamento feminino. Já o Castelo Branco foi o primeiro presidente militar. Nós precisamos de bons exemplos e ela é um exemplo melhor do que um presidente ditador que deu um golpe”, disse.

O marechal Humberto de Alencar Castello Branco governou o país entre 1964 e 1967, primeiros anos da ditadura militar no país. Na Escola Superior de Guerra, exerceu influência nas ideias que levaram ao golpe de 64.

O projeto vai, inicialmente, para a Procuradoria da Câmara e depois para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em seguida, deve ser aprovada em duas votações.

“Vamos ver se haverá o apoio à cultura ou à ditadura. Esse projeto discute se devemos ou não continuar homenageando pessoas que fizeram tão mal ao nosso país”, completou.

Morte e enterro

Marília Mendonça morreu no último dia 5 em um acidente de avião, em Caratinga (MG). Além dela, outras quatro pessoas também morreram. Os corpos dela e do tio, Abicieli Silveira Dias Filho, que também era seu assessor, foram velados no Ginásio Goiânia Arena no sábado (6).

Milhares de fãs passaram pelo local para se despedir da artista. Após o velório, os corpos seguiram em cortejo em caminhões do Corpo de Bombeiros pela GO-020 até o Cemitério Parque Memorial.

Centenas de carros e vários ônibus de duplas sertanejas seguiram o cortejo. O sepultamento foi fechado à família e amigos próximos.

Marília Mendonça nasceu em Cristianópolis em 22 de julho de 1995. Entre os seus grandes sucessos, que a colocaram como uma das cantoras mais ouvidas do país, estão “Infiel”, “De quem é a culpa?” e “Eu sei de cor”.

G1