Os presidentes do Senado, David Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tiveram os planos de continuarem à frente do comando das duas casas frustrados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Depois do que fontes do Judiciário e do Legislativo definiram como uma reviravolta, os ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso divulgaram neste domingo (6) seus votos contrários às novas candidaturas dos democratas para as duas mesas do Congresso Nacional.

Os ministros do STF formaram 6 votos a 5 contra a reeleição de Alcolumbre e 7 votos a 4 contra a continuidade de Maia. Até este domingo, circulava em Brasília a informação de que a maioria dos ministros liberaria a reeleição dos presidentes, seguindo o voto do relator, Gilmar Mendes. O julgamento da permissão para a reeleição, feito a partir de provocação do PTB, terminara a semana passada com placar favorável às pretensões dos autuais mandatários das duas mesas, que articulavam suas reeleições.

Mas, segundo interlocutores de ministros do STF, a repercussão negativa da autorização para novas reeleições nas redes sociais e na imprensa levou Fux e Barroso – este presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – a reverem seus votos. Gilmar Mendes,Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes haviam votado a favor da reeleição de ambos. Kassio Nunes, da reeleição Alcolumbre. Já Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Rosa Weber haviam registrado o voto contrário à reeleição tanto de Maia quanto de Alcolumbre.