A Polícia Civil de Goiás cumpre, nesta quinta-feira (7), 50 mandados de prisão temporária e 50 de busca e apreensão contra uma organização criminosa suspeita de praticar fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro, por meio do golpe do “novo número”. A operação batizada de Paenitere (arrepender-se, em latim) é considerada a maior realizada pela corporação neste ano, com envolvimento de 250 policiais.

A investigação teve início após a mãe de uma modelo e influencer digital transferir R$ 125 mil via pix aos criminosos, que usavam fotos e dados da filha. De acordo com o delegado Maytan Santana Lima, logo ficou evidente que o grupo tinha atuação em larga escala, fazendo vítimas em todo o Brasil. “E o núcleo desse sistema funcionava em Goiás”, explicou.

O delegado também destacou o alcance da operação, que identificou suspeitos nas diferentes etapas do esquema. “Nós identificamos desde aqueles que entravam em contato com as vítimas se passando por familiares, até aqueles que arrecadavam e emprestavam as contas bancárias, e outros que vendiam dados pessoais”. Com objetivo de ressarcir as vítimas, a polícia pediu o bloqueio de R$ 7 milhões em bens e valores do grupo.

Colaboração


Embora a competência para investigar o crime de estelionato seja do aparato policial no local de residência da vítima, a Polícia Civil de Goiás vai colaborar com os demais estados em outras investigações. “Vamos compartilhar as provas com todas as polícias civis do Brasil que necessitarem”, garantiu o delegado. “Eles (os suspeitos) podem responder por outros crimes em outros estados também”.

Prisões


Em Goiás, as prisões foram realizadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia. Um suspeito foi preso em Barra do Garças (MT) e outro no Rio de Janeiro (RJ).