O violoncelista Luiz Carlos Justino deixou o presídio neste domingo (6), após protesto de colegas da Orquestra da Grota, onde ele toca, e de parentes. A decisão foi do juiz André Luiz Nicolitt, do plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que determinou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.
Justino foi preso na última quarta-feira (2), logo após tocar na estação das barcas de Niterói, juntamente com outro colega, em busca de algum dinheiro. Contra ele, segundo a Polícia Civil, havia um mandado de prisão por assalto à mão armada, ocorrido em 2017, após ele ter sido identificado no álbum de procurados. O músico alegou ser inocente e disse que já havia perdido os documentos, que podem ter sido usados por outra pessoa.
Na decisão, juiz detalhou os motivos que o levaram a determinar a soltura de Justino: “Saliente-se que a liberdade do acusado ao longo desses dois anos não gerou qualquer problema para a sociedade, pois não responde a qualquer outro crime, sendo que a única organização de que se tem notícia a que o mesmo pertence é uma organização musical. Ao que parece, ao invés de gerar perigo, nesses três anos, vem promovendo arte, música e cultura.”
De acordo com a Polícia Civil, o músico constava no álbum de suspeitos por ter sido denunciado, em 2014, por traficantes da comunidade Grota da Surucucu, em Niterói, como integrante do grupo criminoso.
Justino toca desde os 6 anos na Orquestra de Cordas da Grota, criada em 1995 em Niterói.
Agência Brasil