O grupo de coiotes desmantelado pela Polícia Federal em Goiás movimentou quase R$ 60 milhões com entrada ilegal de pessoas nos Estados Unidos. O delegado Charles Lemes, aponta que normalmente os clientes interessados em fazer a travessia na fronteira do México com o país norte-americano buscavam os autores, que atuavam há mais de 20 anos no estado, com serviços prestados para todo o país.
Segundo detalhou o delegado, a organização fazia lavagem do dinheiro adquirido junto aos clientes interessados em atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos. Um dos destinos dos valores seria a conta de terceiros, utilizados como “laranjas” para confundir as investigados.
Durante a operação realizada nesta quinta-feira (6/6), dois membros da organização acabaram presos. No entanto, a polícia ainda procura um terceiro autor, que está no México. Por isso teve o nome incluído na lista de procurados da Interpol.

“As investigações apontam que ele estaria no México para levar as vítimas [para atravessar a fronteira do México com os Estados Unidos, de forma ilegal]”, informa o delegado.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, 448 pessoas tentaram ingressar de forma ilegal nos Estados Unidos através do grupo de coiotes baseado em Goiás, mas não conseguiram e foram deportados. O valor cobrado para a travessia é de U$ 20 mil (cerca de R$ 100 mil) por pessoa.
“Consideramos que é uma das principais organizações criminosas ligadas à emigração ilegal] no país. Assim como Goiás está no cerne a nível internacional”, afirma o delegado Charles Lemes.

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