Mesmo com resultado inconclusivo das eleições, Benjamin Netanyahu recebeu um mandato do presidente de Israel para tentar formar um novo governo nesta terça-feira (6).

Pela lei, ele terá 28 dias para atrair possíveis aliados para formar uma coalizão majoritária no Parlamento de Israel.

Esse prazo pode ser prorrogado por duas outras semanas. Depois disso, o presidente Reuven Rivlin pode escolher outra pessoa para formar uma maioria.

Na história de Israel, ninguém ficou por mais tempo no poder do que Netanyahu. Ele está no cargo de primeiro-ministro desde 2009.

No entanto, nos últimos dois anos ele teve dificuldades para manter uma maioria coesa no Parlamento.

Por isso, houve quatro eleições nos últimos dois anos. A última foi no dia 23 de março.

A votação terminou sem um bloco vencedor incontestável.

Na segunda-feira, Rivlin, então, conversou com os partidos e 52 deputados da Kneset, o Parlamento israelense, recomendaram solicitar a Netanyahu a formação do próximo governo.

O partido de direita de Netanyahu, o Likud, conquistou o maior número de cadeiras no Parlamento (30 de 120) nas eleições e recebeu o apoio dos partidos ultraortodoxos e da extrema-direita “Sionismo Religioso”.

No lado dos anti-Netanyahu, decididos a retirar do poder o primeiro-ministro mais longevo da história de Israel, 45 deputados recomendaram o centrista Yair Lapid, líder do partido Yesh Atid.

Netanyahu também é o primeiro chefe de governo da história do país a enfrentar processos judiciais durante seu mandato. Ele é acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos. Ele nega todas as acusações.

G1