O feriado prolongado de 7 de Setembro, aliado ao tempo bom e ensolarado, lotou as praias da zona sul do Rio de Janeiro e movimentou o setor hoteleiro, que foi um dos mais afetados desde o início da pandemia na cidade.

Neste domingo (6), as areias de Ipanema e Copacabana e do Aterro do Flamengo receberam milhares de banhistas, entre cariocas e turistas, provocando aglomeração e desrespeitando uma das regras de ouro da prevenção à pandemia de covid-19.

Enquanto nos calçadões era grande o número de pessoas fazendo o uso de máscaras, nas areias era raro quem estava usando o equipamento de proteção facial. Os banhistas ficavam na areia e usavam guarda-sóis e cadeiras de praia, que não estão liberados pela prefeitura do Rio. O decreto do prefeito Marcelo Crivella autoriza apenas o banho de mar, e não a permanência na areia.

O grande fluxo de visitantes por conta do feriadão da Independência ajudou a movimentar os hotéis, principalmente os localizados na zona sul. Segundo o Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio), a média de ocupação está em 46%.

As regiões de Ipanema-Leblon e Leme-Copacabana estão em média com 59% de ocupação. Em seguida, aparecem as regiões de Flamengo e Botafogo, com 42%, do centro, com 33%, e a da Barra da Tijuca e São Conrado, com 31%.

Prefeitura

Em nota, a prefeitura do Rio disse que fez diversas operações de fiscalização na orla, e a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) informou que participou de ação conjunta para fiscalizar quiosques e ambulantes, além do estacionamento irregular.

A Guarda Municipal disse que mantém as ações de patrulhamento e de fiscalização das infrações sanitárias em toda a cidade, incluindo as praias, que contam com reforço de 81 agentes.
“O comboio circula em toda [a] orla da cidade para desmobilizar aglomerações, orientar os banhistas a não ficarem na areia e multam os cidadãos flagrados sem máscara”, destacou a Guarda Municipal.

A prefeitura fez um apelo à população para que siga as regras do plano de flexibilização, lembrando que a pandemia ainda está em curso: “É fundamental que aglomerações sejam evitadas, como em praias e bares, porque a disseminação do vírus da covid-19 expõe todos ao risco. Quem vai às ruas em condições inadequadas e descumprindo as regras sanitárias pode não só contrair a doença, mas também contaminar outras pessoas, incluindo seus familiares em casa.”

Agência Brasil