Quando a chegada de Jesus foi anunciada, ninguém poderia imaginar quantos seguidores ele iria conquistar, o tanto que seria idolatrado, como iria mudar o comportamento de quem o observava e os desafios que teria pela frente para seguir com seu trabalho. Para criar expectativa ainda maior, ao ser apresentado prometeu uma revolução, com muitas ideias diferentes.
Marcos Braz, Bruno Spindel e Rodolfo Landim foram os três “reis magos” que deram origem a essa caminhada. O batismo do Mister, no Templo do Futebol, aconteceu há exatamente um ano, em 14 de julho de 2019, e desde então são 29 vitórias e 4 empates no Maracanã. Quase um milagre, ainda mais se levarmos em conta que o time de Jesus perdeu apenas quatro vezes e conquistou cinco troféus.
Os feitos de Jesus chamaram a atenção. E provocaram ciúmes nos rivais. Revolucionar incomoda e não são poucas as críticas ao comportamento do treinador. Agora, véspera de uma decisão, a tentação bate à porta na figura de uma proposta do Benfica. Que nem se sabe se existe de fato, ou de quanto seria.
Mais: para interromper uma trajetória, até boatos se espalham, numa tentativa de crucificar o Mister. Notícias maldosas foram disparadas em grupos de whatsapp, por quem se identificar como torcedor do Flamengo. Com que objetivo, quem ganha com essa “traição”?
No julgamento que enfrentou em Portugal, Jesus dividiu os torcedores do Benfica. Nada de unanimidade. Agora, no Flamengo, parece enfrentar o mesmo tribunal. O comportamento dele mudou nos dois últimos jogos e isso tem despertado curiosidade. Já tem torcedor rubro-negro pensando em novos nomes para o comando do time.
O Fla-Flu desta quarta-feira (15) ganha um peso ainda maior por toda essa questão. O ditado popular assegura que “o futuro a Deus pertence”. E certamente Jesus sabe muito bem disso.
Por Sergio du Bocage, apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil
Agência Brasil